O diretor de futebol do Vasco, Alexandre Mattos, ofereceu um vislumbre dos processos de contratações do clube durante a apresentação dos novos reforços na tarde de terça-feira, 7.

Mattos pediu a compreensão da base de torcedores ao discutir a filosofia da empresa por trás das contratações, a 777 Partners.

Alexandre Mattos e as dificuldades de contratação no Vasco

“Eu vim para o Vasco sabendo que há uma nova ordem no futebol, uma SAF, que é uma empresa. A empresa dirige o clube como uma empresa,” explicou Mattos.

“Obviamente, o futebol tem algumas peculiaridades que precisam ser ajustadas ao longo do tempo, principalmente no que diz respeito à tomada de decisões de risco.”

Ele esclareceu que, ao contrário da abordagem tradicional do futebol de correr riscos no recrutamento, a empresa visa limitar o risco tanto quanto possível.

Mattos admite que ainda está se adaptando a esta abordagem e também está trabalhando para gerenciar as expectativas da equipe técnica, que regularmente pede reforços.

“Eu tenho três grandes desafios aqui. Primeiro: comunicar corretamente ao torcedor. O torcedor do Vasco tem sofrido com esta situação há 20 anos e quer ver o Vasco na página dos campeões. Tenho que comunicar com muita transparência qual é o objetivo,” disse Mattos.

Compreensão do Projeto

Mattos deixou claro que, embora o Vasco aspire a ser campeão, o objetivo principal é melhorar o desempenho em relação ao ano anterior e evitar as dificuldades enfrentadas na última temporada. Ele reforçou a necessidade de os torcedores entenderem que a gestão do clube mudou, agora se concentrando na organização, gestão e planejamento de médio a longo prazo.

Alexandre Mattos também abordou questões sobre a possibilidade de contratar novos jogadores para preencher os lugares de Paulinho e Jair, ambos com lesões significativas.

Ele confirmou que já havia sugerido alguns nomes à 777 Partners e estava aguardando a aprovação.

Mattos concluiu: “Eu estou no Vasco há 30 dias, não vou conseguir resolver o Vasco em 30 dias. O que precisamos novamente é ajustar à realidade do futebol brasileiro, senão perdemos a competitividade.”