Papa critica “hipocrisia” contra bênção a casais homoafetivos
Pontífice argentino reage às críticas sugerindo que a indignação seletiva em relação a certos pecados é condenável
O papa Francisco rechaçou as críticas à bênção de casais do mesmo sexo pela Igreja Católica, classificando de “hipócritas”.
O pontífice defendeu a importância do acolhimento, central no documento “Fiducia Supplicans”, divulgado em dezembro, que abriu portas para a aceitação de casais homoafetivos na comunidade católica.
A diretriz não apenas provocou debates internos como também ataques diretos à figura do Papa, como as declarações de Carlo Maria Viganò, que acusou o sucessor de São Pedro de ser um “servo de Satanás”.
Em resposta, Francisco ressaltou a missão da Igreja em oferecer apoio espiritual a todos, sem exceções, enfatizando que a bênção é um gesto de proximidade e amor, destinado às pessoas e não à união per se, distinguindo-a claramente do sacramento do matrimônio.
A polêmica em torno das bênçãos a casais do mesmo sexo levou o Vaticano a esclarecer sua posição. O Cardeal Victor Manuel Fernández, do Dicastério para a Doutrina da Fé, enfatizou que tais bênçãos não representam um endosso a estilos de vida contrários aos ensinamentos católicos. A iniciativa busca ser um gesto de acolhimento, sem transgredir a doutrina da Igreja.
A diretriz “Fiducia Supplicans” foi interpretada por alguns como um possível endosso a uniões homoafetivas, o que contradiz a doutrina católica sobre o matrimônio. Este mal-entendido levou o Vaticano a reafirmar seu compromisso com os ensinamentos tradicionais, ao mesmo tempo que tenta adotar uma abordagem mais inclusiva e sensível pastoralmente.
O papa Francisco continua a promover uma visão de Igreja aberta ao diálogo e à inclusão, reforçando o ensinamento de que a fé deve ser um caminho de amor e aceitação para todos.
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