PT tenta esmagar Centrão na Petrobras
Determinado a ampliar o controle do PT sobre o Conselho de Administração da estatal, Jean Paul Prates articula ofensiva contra Alexandre Silveira
Determinado a ampliar o controle do PT sobre o Conselho de Administração da Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, articula uma ofensiva contra o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).
Segundo O Globo, Prates trabalha para remover os conselheiros ligados ao ministro e tenta convencer o Palácio do Planalto a substituir o atual presidente do conselho, Pietro Mendes, que é ligado a Silveira.
Para o posto, o presidente da Petrobras já indicou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, mas nenhum dos dois aceitou.
Outros interessados no Conselho da Petrobras
A tese de que o PT deveria assumir o comando do conselho da petroleira também conta com o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
De acordo com o jornal, o chefe da equipe econômica planeja colocar no colegiado seu assessor especial para transição energética Rafael Dubeux, que ocuparia a vaga de Victor Saback, apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A reação de Alexandre Silveira
Atento à movimentação de Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, atua para impedir que o PT ganhe espaço no Conselho de Administração da Petrobras.
Em conversa com Rui Costa, ministro da Casa Civil, Silveira cobrou o cumprimento de um acordo firmado no início do terceiro mandato de Lula, no qual o grupo do ministro comandaria o conselho e Prates, a diretoria da Petrobras.
A disputa entre Silveira e Prates pode causar mais uma crise entre o governo e o Centrão. Além de ser correligionário do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), Silveira também é aliado do senador Davi Alcolumbre, que deve disputar a presidência do Senado em 2025.
O Conselho de Administração da Petrobras
Os mandatos dos membros do Conselho de Administração da Petrobras terminam em abril.
Em 25 de abril, um novo conselho deve ser aprovado pela assembleia-geral de acionistas da estatal para os próximos dois anos.
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