Tacla Duran pede a Toffoli suspensão de cooperação internacional
Segue a boiada: ex-advogado da Odebrecht preso durante a Operação Lava Jato quer tirar outra casquinha do Supremo Tribunal Federal
Tacla Duran (à direita na foto), ex-advogado da Odebrecht preso durante a Lava Jato, quer tirar outra casquinha do Supremo Tribunal Federal (STF) após uma série de decisões contrárias à operação assinadas pelo ministro Dias Toffoli.
No final do ano passado, Durán apresentou pedido a Toffoli para suspender todas as cooperações jurídicas internacionais entre o governo da Espanha e o Brasil. A cooperação entre os Ministérios da Justiça dos dois países foi solicitada pelo então juiz da Lava Jato Sergio Moro, ainda em 2017.
Com uma possível suspensão desse acordo, o advogado pode, de uma vez por todas, ser considerado isento de todas as acusações que pesaram contra ele ao longo da operação.
Anulação
Em maio do ano passado, o ministro Toffoli já havia anulado provas obtidas pela operação contra o advogado.
Ele atendeu ao pedido liminar para considerar imprestáveis o material coletado a partir da análise dos sistemas Drousys e My Web Day, usados pela Odebrecht para registrar pagamentos de propina. Os dados foram usados pela força-tarefa da Lava Jato em operação contra Duran.
Em outra decisão sobre o caso, o Supremo anulou provas relacionadas ao acordo de leniência da empreiteira que estavam baseadas nos dados dos sistemas. A partir deste entendimento, Tacla Duran pediu a extensão da decisão aos processos criminais contra ele.
Lavagem de dinheiro
“Defiro o pedido constante desta petição e estendo os efeitos da decisão proferida para declarar a imprestabilidade, quanto ao ora requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e My Web Day , utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht”, disse Toffoli na decisão que anulou as provas contra o advogado.
Atualmente, Duran mora na Espanha e ainda responde por processos por lavagem de dinheiro, acusado de operar contas no exterior criadas pela extinta Odebrecht.
Definitivamente virou um grande passeio. E Toffoli tem sido o maestro desse samba de uma nota só.
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