Comerciante judia é alvo de agressão e insultos antissemitas na Bahia
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a lojista foi chamada de “assassina de crianças” por uma mulher
Uma comerciante judia sofreu ataques antissemitas em uma loja em Arraial d’Ajuda, na Bahia. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a mulher foi chamada de “assassina de crianças” por uma cliente.
Nas imagens, é possível ver que a agressora avança contra a comerciante. A proprietária da loja se chama Herta Breslauer e teve itens quebrados durante o ataque.
“Sionista, assassina de crianças. Eu vou te pegar, maldita sionista”, disse a mulher no vídeo. A agressora foi contida por um homem.
Após o ataque, Herta Breslauer foi a uma delegacia registrar boletim de ocorrência.
“Acabei de ser agredida, estou saindo da Polícia Civil. Fiz um B.O. Eu tenho um estabelecimento aqui no Arraial. Ela entrou, me agrediu, me bateu, destruiu minha loja, simplesmente pelo fato de eu ser judia, só por conta disso”, afirmou a comerciante.
Em nota, a Confederação Israelita do Brasil e a Sociedade Israelita da Bahia denunciaram a agressão “repugnante” e “covarde” e defenderam que o ataque seja investigado como crime de ódio.
“A Conib vem pedindo moderação e equilíbrio às nossas lideranças para não importarmos o trágico conflito em curso no Oriente Médio. O antissemitismo deve ser condenado por todos, e sua explosão nos últimos meses aqui no Brasil e no mundo é consequência de visões odiosas e distorcidas sobre Israel e judeus manifestados por personalidades e distribuídas pelas redes sociais. Isso precisa acabar para evitarmos consequências ainda mais graves”, afirmam na nota.
A espiral antissemita do PT
Em declaração a um blog petista em 20 de janeiro, José Genoino sugeriu o boicote a empresas comandadas por judeus.
“É interessante essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse ao criticar o abaixo-assinado elaborado por empresários brasileiros pedindo a retirada do apoio do país a uma ação movida pela África do Sul contra Israel na Justiça internacional.
Como mostrou a Crusoé, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também entrou em uma espiral antissemita que a colocou em pé de guerra com a Conib.
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