Investigado, Petro pede mobilização contra “ruptura institucional”
Presidente da Colômbia reclama de suposta tentativa de afastá-lo do poder após operação do Ministério Público
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (foto), convocou mobilização popular contra uma suposta “ruptura institucional” para afastá-lo do poder.
Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que “há uma grave violação constitucional quando o Ministério Público investiga o Presidente da República”.
“Decidiram-se pela ruptura institucional. Como Presidente da República, devo notificar o mundo sobre a tomada do Ministério Público pela máfia e devo pedir ao povo a máxima mobilização popular pela decência”, escreveu no X, o antigo Twitter.
Em janeiro, Petro já havia reclamado de uma suposta tentativa de afastá-lo do poder após o Ministério Público colombiano ter realizado buscas na sede da Federação Colombiana de Trabalhadores em Educação (Fecode).
A operação foi realizada em Bogotá no âmbito de uma investigação sobre denúncias de financiamento ilegal da campanha eleitoral de 2022.
As buscas na Fecode ocorreram após uma suposta contribuição de 500 milhões de pesos que o sindicato fez à campanha de Petro e que não foi comunicada à autoridade eleitoral do país.
Petro afirmou que “os sindicatos foram invadidos, a tortura foi usada e a pressão foi usada sobre testemunhas para acusar o Presidente e não tiveram sucesso”.
“Os setores do tráfico de drogas, os autores de crimes contra a humanidade, os políticos corruptos e os setores corruptos do Ministério Público buscam desesperadamente a destituição do Presidente do cargo eleito pelo povo”, acrescentou Petro.
Em reação, o presidente do Senado colombiano, Iván Name Vásquez, se disse surpreso pela declaração de Petro que, segundo ele, “sugere um apelo ao confronto civil”.
“A resposta não pode ser o apelo ao colapso das instituições como mecanismo de resolução dos nossos conflitos. Qualquer desafio às nossas instituições democráticas deve ser repudiado no âmbito da Constituição e da lei”, escreveu Iván Name Vásquez.
Uma comissão parlamentar abriu em dezembro uma investigação preliminar sobre Gustavo Petro, após a Procuradoria-Geral da República ter acusado Nicolás Petro Burgos, filho do presidente colombiano, de lavagem de dinheiro.
Em depoimento, Nicolás confessou que enriqueceu de forma ilegal e que parte do dinheiro foi usado para financiar a campanha presidencial de seu pai.
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