O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), decretou situação de emergência na cidade de Oiapoque, no norte do estado, devido ao aumento significativo de casos de dengue. A prefeitura local solicitou apoio para lidar com as dificuldades no atendimento e no combate a doenças virais.

A medida permite que o município tenha acesso facilitado a recursos federais, faça compras emergenciais sem licitação e ultrapasse as metas fiscais previstas para combater a crise.

As medidas do governo para combater a dengue

Diante dos problemas encontrados na cidade, como acúmulo de lixo e buracos nas ruas, o governador anunciou a criação de uma força-tarefa para ajudar durante o tempo necessário.

O reforço incluirá exames, medicamentos, vacinas, operação de limpeza dos quintais e das ruas, capinagem, recuperação do asfalto e assistência social por meio da distribuição de kits de alimentos para indígenas, agricultores e pacientes que necessitem.

Casos de dengue na cidade

No Hospital Estadual de Oiapoque, foram realizados cerca de 3.500 atendimentos entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. 80% desses pacientes apresentavam sintomas de dengue, sendo que 36 precisaram ser internados.

Recentemente, a cidade registrou uma morte relacionada à dengue na segunda quinzena de janeiro. Segundo as autoridades, o estado não registrava óbitos pela doença desde 2019. A maior incidência de casos na região é provocada pelo vírus D3, responsável pela dengue hemorrágica.

Casos prováveis de dengue disparam no Brasil

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, até o dia 30 do mês passado, o país registrou um acumulado de 217.841 casos prováveis de dengue em apenas uma semana, com 15 mortes confirmadas e outras 149 em investigação. Isso representa uma incidência de 107,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, com uma taxa de letalidade de 0,9%.

Comparando com o balanço anterior, que abrangia as três primeiras semanas do ano, os números da dengue aumentaram significativamente.

Naquele período, o país tinha registrado 12 mortes e 120.874 casos prováveis da doença, com 85 óbitos ainda em investigação.