O dinheiro dos investidores estrangeiros bateu em retirada da bolsa de valores do Brasil no primeiro mês deste ano. De acordo com levantamento da B3, o primeiro mês deste ano registrou saída líquida de 7,9 bilhões de reais.

Janeiro também interrompeu a sequência de dois meses com entrada líquida de investimentos vindo de fora. Outubro havia sido o último mês a registrar saída de capital estrangeiro do mercado acionário brasileiro. Na época, cera de 2,8 bilhões de reais em recursos estrangeiros deixaram a bolsa.

Durante as 22 sessões realizadas em janeiro deste ano, em apenas 8 delas foram registrados saldos positivos para investimentos estrangeiros. Nos outros 14 dias, o dinheiro gringo preferiu procurar outros mercados.

O mês também registrou o maior volume de saída de estrangeiros em um só dia desde março de 2021, com saldo negativo de 3,451 bilhões de reais no dia 19. Segundo dados da bolsa, nos últimos 13 anos somente em duas oportunidades houve um fuga tão grande em uma só sessão: em setembro de 2012, quando 6,2 bilhões de reais deixaram a bolsa; e em fevereiro de 2021, quando 6,7 bilhões de reais saíram do mercado acionário nacional.

É importante lembrar que o dinheiro estrangeiro responde por cerca de 50% do volume transacionado na B3, e a saída desses recursos também contribui para a performance ruim do Ibovespa neste início de ano, com o índice recuando 4,79%. O resultado marcou o pior janeiro para o principal indicador acionário brasileiro desde 2016, quando fechou o mês em queda de 6,79%.

Enquanto isso, os indicadores acionários americanos e europeus tiveram um início de ano mais promissor, com o S&P 500 (que reúne ações das 500 maiores empresas dos Estados Unidos) encerrando o período em alta de 1,59%, o Euro Stoxx 600 (com os papéis da principais companhias da Europa) com alta de 1,39%.