UE liberará 50 bilhões de euros para a Ucrânia
O pacote de quatro anos destina-se a manter a economia da Ucrânia, com dinheiro para hospitais, escolas e salários e pensões dos funcionários públicos.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que prometeu bloquear o financiamento, cedeu após uma série de reuniões de 11 horas com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o presidente francês, Emmanuel Macron e o chanceler alemão, Olaf Scholz, bem como os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho, Ursula von der Leyen e Charles Michel.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a decisão “mais uma vez prova a forte unidade da UE”. O pacote de quatro anos destina-se a manter a economia da Ucrânia, com dinheiro para hospitais, escolas e salários e pensões dos funcionários públicos.
“O apoio financeiro contínuo da UE à Ucrânia fortalecerá a estabilidade econômica e financeira a longo prazo, o que não é menos importante do que a assistência militar e a pressão de sanções sobre a Rússia”, disse ele.
Dois parágrafos adicionais foram acrescentados ao projeto de conclusões acordado pelos líderes, mas fontes dizem que nenhum deles representou uma vitória para Orbán. Os parágrafos adicionais preveem apenas uma revisão do quadro orçamental dentro de dois anos. “Não há veto”, disse um porta-voz do Conselho Europeu. No entanto, o novo parágrafo permite um “debate” sobre o fundo “se necessário”.
O valor deve ser liberado em etapas, começando uma parcela de € 4,5 bilhões (R$ 24 bilhões) em março.
Ajuda providencial
O anúncio da ajuda vem em hora providencial para Zelenski. Em dezembro de 2023, o Congresso americano reteve a aprovação do pacote proposto pelo presidente Joe Biden de um auxílio de US$ 61 bilhões.
Os EUA foram, até o fim de outubro, os maiores apoiadores de Kiev em termos de armamentos: 61% dos R$ 380 bilhões doados até então eram em material bélico, de munição para artilharia a mísseis. Outros países europeus também foram vitais: a Alemanha foi a segunda maior doadora militar, com R$ 90 bilhões.
No campo militar, a contraofensiva da Ucrânia fracassou no ano passado e o país entrou no modo de defesa ativa, deixando a iniciativa na mão dos russos. O país tem focado também em algumas ações pontuais. Nesta quinta, 01 de fevereiro, as forças ucranianas divulgaram um vídeo do que seria o ataque com um drone aquático no mar Negro contra uma embracação russa.
Há também dificuldades internas. Na segunda, 29, Zelenski pediu que o chefe das Forças Armadas, general Valeri Zalujni, renunciasse ao posto. Ele se recusou, o que deverá levar à sua demissão, mas com grande desgaste político para o presidente.
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