O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) arquivou a sindicância aberta contra o médico João Paulo Solto Casado, que tinha sido denunciado por agressão. Segundo a CBN Paraíba, a justificativa do CRM-PB é que o incidente aconteceu na vida privada do médico e, portanto, não se enquadra no âmbito ético sobre o qual o conselho atua.

O CRM-PB e o julgamento ético

Bruno Leandro, diretor de fiscalização do CRM-PB, explicou que o conselho não atua nos âmbitos civil ou penal, mas unicamente no campo ético. “Então, mesmo discordando de qualquer tipo e forma de violência, particularmente contra mulher, crianças e idosos, quando um indivíduo realiza isso na sua vida privada, o conselho não é o órgão competente para fazer tal julgamento”, explica.

A agressão e o ato médico

Leandro afirmou que a sindicância foi arquivada por não haver relação entre a agressão e o ato médico. Segundo ele, a decisão de absolvição do ponto de vista ético não significa concordância ou endosso do CRM-PB ao ato de violência. A condenação do conselho a qualquer tipo de violência, especialmente contra mulheres, é enfática e reiterada.

Repercussões do caso

Após a divulgação do caso, houve uma série de desdobramentos. João Paulo foi afastado dos cargos que ocupava na Saúde de João Pessoa e exonerado do diretor técnico do “Trauminha”. Além disso, foi afastado do Grupo de Resgate Aeromédico do Corpo de Bombeiros (Grame) e do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.