Bares e restaurantes geram 170 mil novos empregos; alta de 3,3%
Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e são baseados na PNAD Contínua e no Caged
O setor de bares e restaurantes criou 170 mil empregos em 2023, que soma 5,5 milhões de trabalhadores.
O crescimento no ano passado foi de 3,3%, acima da média nacional, de 0,9%.
Os empregos com carteira assinada também subiram no setor, com aumento de 5,89% no ano passado.
Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e são baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“O saldo no ano é muito positivo, com melhora dos índices e mais gente com poder de compra, o que se reflete nos bares e restaurantes. Foi um ano ainda de recuperação, mas isso já se refletiu nos empregos, prova de que os empresários estão confiantes. É um dos setores que mais emprega no Brasil e precisa de atenção para não perder esse embalo da retomada. Ainda temos quase um quinto das empresas trabalhando com prejuízo, segundo a nossa última pesquisa feita em janeiro”, explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel
Em dezembro, sem ajuste sazonal, o setor andou de lado, com um saldo de -0,3% na PNAD e de 0% no Caged.
“É importante destacar essa recuperação do emprego formal, em um setor que tem grande presença da informalidade. Foram mais de 72 mil empregos com carteira criados em 2023 no setor, um saldo muito positivo. Boa parte destes empregos estão concentrados nas empresas mais estruturadas, que têm no Perse, o programa de recuperação fiscal, um importante ponto de apoio neste momento. Por isso é preciso sensibilidade para preservar o programa e, por consequência, os empregos”, completa Solmucci.
Taxa de desocupação
A taxa de desocupação ficou em 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, o que representa recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de julho a setembro de 2023 (7,7%) e caiu 0,5 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022 (7,9%).
Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014.
A população fora da força de trabalho (66,3 milhões) diminuiu 0,8% (menos 543 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e ficou estável ante o mesmo trimestre de 2022.
O número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e no ano, bem como o número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões), o de empregadores (4,2 milhões) e o de empregados no setor público (12,2 milhões).
O número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) aumentou 3,8% (mais 223 mil pessoas) ante o trimestre anterior e subiu 3,5% (mais 204 mil) na comparação anual.
A taxa de informalidade foi de 39,1% (ou 39,5 milhões de trabalhadores informais) igualando o trimestre encerrado em setembro e superando o mesmo trimestre de 2022 (38,8%).
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