União Europeia e OEA criticam desqualificação de posição venezuelana
A União Europeia expressa preocupação com a desqualificação de oposição venezuelana pela Suprema Corte local, impactando a dinâmica política do país.
A União Europeia manifestou, nesta segunda-feira (29), preocupação com a desqualificação dos candidatos à presidência da Venezuela, opositores ao ditador Nicolás Maduro, decidida na última semana pelo Supremo Tribunal de Justiça venezuelano.
Contexto
Na sexta-feira passada (26), a Suprema Corte da Venezuela desqualificou a candidatura presidencial dos adversários de Maduro, María Corina Machado e Henrique Capriles. O impedimento diz respeito a uma medida anterior, da Controladoria-Geral da Venezuela contra a candidata, por conta da falta de inclusão de pagamentos de gratificações alimentares em declaração juramentada de bens. Horas antes, a Corte também decidiu que Henrique Capriles, que já concorreu à presidência por duas vezes, está inelegível por irregularidades administrativas.
Manifestações Internacionais
Em comunicado público publicado no mesmo dia, o Serviço Europeu de Ação Externa, instituição diplomática do bloco europeu, afirmou que a União Europeia está profundamente preocupada com os recentes acontecimentos na Venezuela.
Domingo (28), a Organização dos Estados Americanos (OEA) seguiu o mesmo discurso ao criticar a decisão da Justiça venezuelana. A entidade se referiu ao governo atual do país como “ditadura” e afirmou que as últimas ações da autoridade do país “já deixaram claro” que não havia intenção de permitir que “eleições limpas e transparentes” ocorressem no país.
O pronúncio de María Corina Machado
Após a decisão, Machado fez um pronúncio público através da rede social X, antigo Twitter, onde afirmou: “O regime decidiu acabar com o Acordo de Barbados. O que NÃO está acabando é a nossa luta pela conquista da democracia através de eleições livres e justas. Maduro e o seu sistema criminoso escolheram o pior caminho para eles: eleições fraudulentas. Isso não vai acontecer. Que ninguém duvide, isso é ATÉ O FIM.”
Caminho do Conflito
A essa altura, a tensão segue elevada na Venezuela. A decisão surge justamente no meio de uma onda de acusações por parte do Ministério Público da Venezuela contra ativistas e opositores. O porta-voz do governo, Héctor Rodríguez chegou inclusive a acusar a oposição pelo suposto planejamento de um golpe de estado e da arquitetura de assassinato do ditador Maduro, de acordo com informações apuradas pela CNN.
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