Muito ajuda os palestinos quem não vira cúmplice do Hamas
“Retirar o financiamento da UNRWA (a agência das Nações Unidas em Gaza) não significa interromper a ajuda"
A advogada de direitos humanos Emma Reilly, ela própria uma denunciante (“whistleblower”) da Organização das Nações Unidas, reforçou no X, antigo Twitter, o que expliquei no artigo “ONU e Hamas: imprensa chega dez anos atrasada”:
“Retirar o financiamento da UNRWA (a agência das Nações Unidas em Gaza) não significa interromper a ajuda aos palestinos enquanto eles sofrem imensamente e os apelos a um cessar-fogo são ignorados. Isso nem significa impedir que a ajuda seja entregue pela ONU“, escreveu Emma.
Quem ajuda os civis palestinos?
“O Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla em inglês) já está em Gaza.
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS, na sigla em inglês) já está em Gaza.
A ONU tem capacidade de resposta rápida para assumir qualquer operação de ajuda da UNRWA, além da capacidade de emergência do WFP e do UNOPS.
Eliminar o financiamento da UNRWA significa apenas não entregar ajuda diretamente a uma organização da ONU cujos funcionários tiveram participação em ato de terrorismo. Significa ter mais certeza de que a ajuda não vai diretamente para o Hamas“, afirmou a advogada.
Por que os colegas não denunciaram os funcionários da UNRWA ligados ao Hamas?
“Se são apenas 12 maçãs podres, como afirma a ONU – e como o profundamente corrompido Escritório de Serviços de Supervisão Interna das Nações Unidas (OIOS, na sigla em inglês) descobrirá -, por que nenhum dos seus colegas os denunciou? Talvez, se a ONU tivesse proteção real para denunciante, alguém teria falado?
Todos os funcionários da ONU sabem que a gestão protegerá terroristas, violadores de crianças e criminosos de todos os tipos. Mas ‘todo’ denunciante enfrentará retaliação cruel e difamação“, concluiu Emma.
Como O Antagonista vem mostrando, uma dezena de países e a Comissão Europeia suspenderam o financiamento à agência da ONU em Gaza, após um relatório israelense ter apontado a participação de 12 de seus funcionários nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, em Israel.
Aparentemente, quem mais precisa da UNRWA é o Hamas.
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