RJ registra recorde de crianças baleadas durante tiroteios
Segundo o levantamento do Instituto Fogo Cruzado, 25 crianças foram baleadas no ano de 2023 no Rio de Janeiro
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado, nesta segunda-feira, 29, o número de crianças baleadas durante tiroteios bateu recorde em 2023. Ao todo, foram registrados 25 casos de crianças atingidas por disparos, resultando em 10 mortes.
Essa é a maior quantidade já registrada desde o início da série histórica em 2016.
Um dos primeiros casos foi o de Juan Davi de Souza Faria, de apenas 11 anos, vítima de uma bala perdida durante as comemorações de ano novo em Mesquita, na Baixada Fluminense. O menino estava na varanda de sua casa quando foi atingido.
Segundo o levantamento do Instituto Fogo Cruzado, o número de crianças baleadas em 2023 igualou-se ao registrado em 2018. No entanto, o último ano foi mais letal, com 10 mortes entre os atingidos.
Vítimas de balas perdidas
O relatório também revelou que 2023 teve o maior número de vítimas de balas perdidas nos últimos quatro anos. Ao todo, foram 131 pessoas atingidas, sendo que 42 não sobreviveram aos ferimentos e outras 89 ficaram feridas.
Dentre essas vítimas, 70 foram atingidas durante ações e operações policiais, representando 53% do total. Infelizmente, dessas vítimas atingidas durante operações, 23 perderam a vida e 47 ficaram feridas.
Força Nacional permanecerá no Rio de Janeiro por mais 60 dias
Para tentar conter a onda de violência no estado, a Força Nacional de Segurança Pública continuará atuando no Rio de Janeiro por, pelo menos, mais 60 dias, até o dia 31 de março.
A prorrogação da presença dessas equipes foi oficializada através da publicação no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 29.
Essa operação dos agentes da Força Nacional teve início em outubro do ano passado, após um pedido feito pelo governador Cláudio Castro. Naquela época, o Rio vivia uma grave escalada de violência.
Violência no Rio de Janeiro
Dentre os casos que ganharam destaque, podemos citar o assassinato dos médicos que foram confundidos com milicianos na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e os ataques coordenados por criminosos após a morte do miliciano Faustão, onde pelo menos 35 ônibus foram incendiados, causando pânico em moradores de diferentes bairros.
Cerca de 300 agentes provenientes de nove estados brasileiros foram deslocados para o Rio de Janeiro com o objetivo principal de atuarem nas rodovias que cortam o estado.
Essa ação é realizada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, visando impedir a entrada ilegal de armas e drogas no território carioca.
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