Canadá segue EUA e congela ajuda a UNRWA em Gaza
O Canadá anunciou neste sábado, 27, a suspensão da ajuda orçamentária e operacional da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados...
O Canadá anunciou neste sábado, 27, a suspensão da ajuda orçamentária e operacional da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina (UNRWA) em Gaza após acusações de Israel de que funcionários da entidade podem estar envolvidos no ataque do Hamas de 7 de outubro.
Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram que iriam “suspender temporariamente” todos os futuros financiamentos à agência da ONU responsável pela distribuição de ajuda aos civis na Faixa de Gaza.
O país foi um dos maiores doadores em 2022, assim como a Alemanha, a União Europeia e a Suécia. O Departamento de Estado dos EUA afirmou estar “extremamente preocupado” com as alegações envolvendo 12 funcionários da UNRWA.
Mais cedo, o ministro canadense do Desenvolvimento Internacional, Ahmed Hussen, anunciou que “o Canadá suspendeu temporariamente todos os financiamentos adicionais à UNRWA enquanto procede a uma investigação exaustiva destas acusações”.
“O Canadá leva essas acusações extremamente a sério e está trabalhando em estreita colaboração com a Unrwa e outros doadores nesta questão”, escreveu no X.
A Austrália também suspendeu o financiamento. A ministra australiana das Relações Exteriores, Penny Wong, disse neste sábado estar “profundamente preocupada” com as acusações contra a UNRWA.
A UNRWA- Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo — foi fundada em 1949, após a Guerra Árabe-Israelense de 1948. Iniciou suas operações em maio de 1950.
A agência recebe quase todo o seu orçamento de doações voluntárias de estados membros da ONU. Em 2022, as doações totalizaram 1,17 bilhões de dólares. Em Janeiro de 2023, a organização apelou à comunidade global para aumentar o seu orçamento para 1,63 bilhões de dólares.
Os EUA reduziram drasticamente o seu financiamento em 2018, a pedido de Donald Trump. O ex-presidente criticou repetidamente as Nações Unidas e a UNRWA em particular. O dinheiro, no entanto, voltou a fluir de Washington.
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