Lula deu empurrãozinho para Vale perder R$ 38 bi de valor no ano
A Vale perdeu 38 bilhões de reais em valor de mercado em 2024, nas contas da Etos Ayta Consultoria. O número foi divulgado pelo Estadão e se explica por três fatores...
A Vale perdeu 38 bilhões de reais em valor de mercado em 2024, nas contas da Etos Ayta Consultoria. O número foi divulgado pelo Estadão e se explica por três fatores: a baixa no preço do minério de ferro, responsabilidade da China — cuja demanda é incerta —, a condenações judiciais por desastres ambientais, responsabilidade da própria mineradora, e às pressões do governo para empurrar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o comando da empresa, responsabilidade de Lula (foto).
As ações da Vale fecharam queda de 2,2% na quinta-feira, 25. A perda acumulada desde o início do ano é de 11%. Hoje o valor de mercado da empresa é de 309,1 bilhões de reais.
“Desde 15 de janeiro, em apenas 10 dias, a empresa viu o seu valor cair R$ 14 bilhões, apesar de uma leve recuperação das ações entre 22 e 24 de janeiro. No ponto mais baixo da ação neste ano, no dia 22, a perda em 2024 havia chegado a R$ 40,5 bilhões”, detalha o Estadão.
Achaque
Vieram a público nos últimos dias detalhes da pressão do governo Lula para que Mantega assuma o comando da Vale. O presidente da República age por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que pressiona acionistas da empresa. O governo não tem poder de decidir o CEO da Vale, privatizada em 1997.
A pressão era velada até ontem, quando o perfil de Lula no X, ex-Twitter, publicou uma mensagem cobrando a Vale publicamente pela tragédia de Brumadinho.
“Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”, diz a mensagem.
Justiça
No mesmo dia, a Justiça Federal condenou Vale, BHP e Samarco a pagarem uma indenização de 47,6 bilhões de reais por danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrida em 5 de novembro de 2015.
A Vale sangra num altar montado para Mantega.
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