PF investiga vazamento de prova do Enem em redes sociais
A Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de investigar o vazamento ilegal da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, nesta quarta-feira, 24, que foi divulgada indevidamente em redes sociais...
A Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de investigar o vazamento ilegal da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, nesta quarta-feira, 24, que foi divulgada indevidamente em redes sociais.
A ação teve início após o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), responsável pela organização do exame, fornecer informações que levantaram suspeitas sobre o ocorrido. Como resultado, um suspeito foi identificado na cidade de Sobral, no estado do Ceará.
As investigações apontam para a divulgação não autorizada do tema da redação presente no caderno rosa, durante a realização da prova. Com base nesses indícios, a operação Limite Virtual foi deflagrada para cumprir dois mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça Federal em Sobral.
As condutas do investigado podem ser caracterizadas como crime de fraude em um certame de interesse público, conforme previsto em lei. Caso seja condenado, o suspeito pode enfrentar penas que chegam a até oito anos de prisão.
PF é acionada para apurar imagens do Enem que circulam nas redes
No ano passado, o Inep acionou a Polícia Federal para investigar as imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais.
Segundo o instituto, as imagens começaram a circular pouco depois do início da aplicação do exame.
Na imagem que circula nas redes, é possível ler os quatro textos usados como base para a dissertação dos candidatos.
O tema da redação do Enem 2023 foi sobre “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
Ministro diz que PF fez diligências por divulgação de imagem do Enem
Após as denúncias do vazamento da prova, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que 4,2 mil pessoas foram eliminadas do Enem por motivos como usar aparelho celular ou não respeitar as orientações dos fiscais. Além disso, 15 pessoas maiores de idade foram presas.
Quase 4 milhões de brasileiros realizaram a prova no ano passado. Segundo o ministro, 28,1% não compareceram para fazer o exame.
Santana disse que a Polícia Federal fez diligências – uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal – para identificar a origem da divulgação dos cadernos de prova, na época.
Camilo Santana também disse que conversou com Flávio Dino, ministro da Justiça, sobre o caso.
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