Risco fiscal e política industrial no radar dos investidores
A semana dos investidores começa com expectativa para entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta segunda-feira, 22. A percepção de risco fiscal permanece em alta, com a dificuldade do governo de emplacar a MP (Medida Provisória) da reoneração...
A semana dos investidores começa com expectativa para entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta segunda-feira, 22, ao Roda Viva da TV Cultura. A percepção de risco fiscal permanece em alta, com a dificuldade do governo de emplacar a MP (Medida Provisória) da reoneração e a aparente deterioração da interlocução entre o ministro e o Congresso Nacional.
Outra preocupação do mercado é a apresentação, pela manhã, da nova política industrial em reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), às 11h, convocada para aprovar a proposta. O programa deve ser entregue a Lula pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Durante o fim de semana parte da imprensa diz ter tido acesso ao programa, que tem sido criticado antes mesmo da divulgação oficial. A repercussão, até o momento, tem sido ruim porque o projeto retoma ideias antigas e que não funcionaram anteriormente como subsídios e exigência de conteúdo local.
Na agenda econômica local, a atenção estará voltada para a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15), na sexta-feira, 26. A expectativa é de aceleração do indicador de 0,40% em dezembro do ano passado para 0,47% em janeiro, na comparação mensal. Na leitura anual, o consenso indica desaceleração de 4,63% para os doze meses terminados no primeiro levantamento deste ano, contra 4,72% da pesquisa anterior.
No exterior, bolsas estrangeiras continuam em alta impulsionadas pelas ações de tecnologia e perspectivas de cortes de juros do FED (Federal Reserve), apesar da redução das apostas mais agressivas em alívio a partir de março. A agenda econômica traz decisões importantes dos bancos centrais, como o BCE (Banco Central Europeu) na quinta-feira, 25, e Banco do Japão, na terça-feira, 23.
No campo das commodities, os preços do petróleo operam de lado após a retomada da produção pela Líbia em seu maior campo petrolífero. Isso contrabalança, pelo menos por enquanto, as preocupações com as tensões no Mar Vermelho. às 8h15, o barril do tipo Brent era negociado em leve alta de 0,15%, a US$ 78,68.
O minério de ferro apresenta queda em Singapura após sua primeira alta semanal em três semanas, com os investidores focados na fraqueza do setor imobiliário chinês. Na primeira parte da sessão, a matéria prima recuava 1%, cotada a US$ 128,60 a tonelada.
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