Macron propõe ‘plano de luta’ contra queda de natalidade na França, gerando polêmica
Uma crescente questão demográfica assombra a França: a queda constante da taxa de natalidade...
Uma crescente questão demográfica assombra a França: a queda constante da taxa de natalidade. No esforço de enfrentar tal situação, o presidente Emmanuel Macron apresentou na terça-feira (16) um “grande plano de luta” contra o problema, com o objetivo de permitir um “rearmamento demográfico” no país.
Natalidade na França: panorama atual
Segundo o balanço demográfico anual do Insee, a taxa de natalidade na França diminuiu 6,6% entre 2022 e 2023. Pela primeira vez, a taxa de fecundidade caiu em todas as faixas etárias, inclusive entre mulheres de 30 a 34 anos, período em que as francesas mais têm filhos.
Detalhes do plano proposto por Macron
Um dos pontos-chave da proposta de Macron é a substituição da atual licença parental, que pode se estender até os 3 anos da criança, por uma “licença nascimento”. Esta teria um período máximo de seis meses, mas ofereceria uma melhor remuneração.
Respostas negativas à proposta
No entanto, o plano não foi bem recebido por todos. A utilização do termo “rearmamento demográfico” causou indignação, com várias parlamentares francesas criticando a expressão por sua semelhança com o lema “Trabalho, Família, Pátria” do regime de Vichy, na Segunda Guerra Mundial.
Organizações feministas também denunciaram uma política natalista contrária à autonomia das mulheres. Já o jornal Libération publicou uma extensa edição especial criticando as medidas e listando fatores que desencorajam a população francesa a ter filhos.
Vista de especialistas
Para especialistas em demografia, a queda da taxa de natalidade na França não é alarmante e deve ser encarada mais como um fenômeno do que como um problema. Propõem abordagens alternativas, como políticas públicas focadas no emprego de sêniors, mulheres ou recorrendo à imigração.
Conclusão
Enquanto o plano de Macron busca incitar o desejo de procriar existente, questão fundamental parece ser facilitar para as famílias a criação e a educação dos filhos e proporcionar melhor qualidade de vida para mães e pais. Tais mudanças poderiam efetivamente encarar o desafio demográfico que assola a França.
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