O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 3,575 bilhões até 12 de janeiro. Na prática, entrada líquida de US$ 1,476 bilhão.

Isso é o resultado de compras no valor de US$ 25,541 bilhões e vendas no total de US$ 24,066 bilhões.

Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (18) pelo Banco Central, em Brasília.

O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo das duas primeiras semanas do mês foi positivo em US$ 2,099 bilhões, com importações de US$ 7,006 bilhões e exportações de US$ 9,105 bilhões.

Nas exportações, estão incluídos US$ 524 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,549 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 7,032 bilhões em outras entradas.

No acumulado de 2023, o fluxo ficou positivo em US$ 11,491 bilhões. Em dezembro, houve saída líquida de US$ 12,997 bilhões.

Revisão no Orçamento

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, adiantou que o governo fará uma reavaliação das receitas e não descartou ajustes no Orçamento de 2024.

Tebet afirmou que a pasta vai analisar nos próximos dias as estimativas de arrecadação com as medidas aprovadas pelo Congresso no ano passado a fim de propor possíveis vetos ao Orçamento de 2024.

“Agora é hora de fazer o levantamento de todas as medidas que foram aprovadas pelo Congresso Nacional, que foram enviadas pelo Executivo, nós sabemos que não foram aprovadas na inteireza, ou seja, do jeito que nós queríamos. Mas isso faz parte da democracia, essa é a beleza da democracia”, ponderou.

A fala ocorre após relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apostar que o governo fechará o ano com um rombo de R$ 55,3 bilhões nas contas públicas.

Apesar das críticas do TCU, a ministra defendeu que o Orçamento de 2024 é “plausível” e “razoável”.

Segundo Tebet, a estimativa de receita condiz com as projeções de quando a peça foi elaborada, no segundo semestre do ano passado.