Associação de mulheres repudia “pessoa que pariu” do Ministério da Saúde
A MATRIA, associação que representa “mulheres, mães e trabalhadoras”, expressou repúdio ao uso do termo “pessoa que pariu” pelo Ministério da Saúde em suas comunicações oficiais...
A MATRIA, associação que representa “mulheres, mães e trabalhadoras”, expressou repúdio ao uso do termo “pessoa que pariu” pelo Ministério da Saúde em suas comunicações oficiais (foto). A entidade considera esta expressão um retrocesso na representação da identidade feminina e uma “desumanização” das mulheres biológicas.
Em uma recente campanha sobre cuidados pós-parto, o Ministério da Saúde evitou as palavras “mulher” ou “mãe”, optando por termos neutros como “o corpo de quem pariu” ou “pessoa que pariu”. Essa abordagem é vista pela associação como um aceno à “demandas masculinas” de um “suposto progressismo”.
Para a MATRIA, essa abordagem acaba por desumanizar e desvalorizar a experiência única das mulheres biológicas, principalmente no que diz respeito à maternidade.
Diz a Nota de Repúdio da MATRIA:
“Em 14/01/2024 o Ministério da Saúde mais uma vez publicou em suas redes sociais comunicado direcionado a mulheres no qual se refere a nós com termos extremamente desumanizantes, como “pessoa que gesta” e “pessoa que pariu”.
Percebemos que há uma adesão total do Governo atual a uma “cultura woke” que privilegia demandas masculinas e desumaniza mulheres: não somos mais consideradas seres humanos do sexo feminino mas sim uma “identidade”, uma “performance”, um conjunto de “estereótipos” ou “intervenções estéticas” que poderiam ser adotados por qualquer um.
Para que essa ideologia se sustente, é preciso dissociar a palavra mulher de tudo que é exclusivo ao sexo feminino, como menstruar, gestar, parir ou amamentar, ou restaria claro que nenhuma pessoa do sexo masculino pode reivindicar para a si a nomenclatura “mulher”.
E assim o Governo nos faz regredir, em pleno século XXI, ao status contra o qual lutamos há milênios: o de sermos vistas apenas como um corpo desprovido de cidadania, um “corpo que pare”, uma “pessoa com útero”, “que menstrua”, “com vagina” ou qualquer outro termo desumanizante como os que o Governo vem adotando por meios de seus órgãos oficiais, sob o manto de um suposto progressismo.”
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