Em meio a impasses sobre a MP da reoneração, Lira segue de férias
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue de férias no litoral de Alagoas e não tem previsão de voltar a Brasília nesta semana. Enquanto isso, as discussões sobre a medida provisória...
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue de férias no litoral de Alagoas e não tem previsão de voltar a Brasília nesta semana. Enquanto isso, as discussões sobre a medida provisória da reoneração seguem sem definições claras. Há um entendimento de que qualquer decisão seja tomada apenas após conversa com o deputado.
Na noite da segunda-feira, 15, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), esteve reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad para tratar do assunto.
Participou da reunião o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Na saída, ele afirmou que Pacheco não iria devolver o texto que traz a reoneração ao Executivo.
“Não, não tem devolução. Da última vez que eu saí daqui, eu já falei que isso estava fora do cardápio. Como você tem a noventena [prazo de 90 dias para regras tributárias entrarem em vigor e produzam efeitos], eu acho que qualquer coisa só deve acontecer na retomada dos trabalhos [legislativos, a partir de fevereiro]. Eu não vou falar de qual avanço que houve [nas negociações sobre a MP], porque só há avanço quando bater o martelo”, afirmou o líder do governo.
Haddad saiu sem falar com a imprensa.
Ainda durante a conversa, Pacheco teria pedido a Haddad a edição de uma nova MP sem os trechos que trazem a reoneração da folha de pagamentos. Há possibilidade de que esse assunto seja tratado por meio de projeto de lei, e este ponto seria o foco de uma aguardada conversa entre Pacheco, Haddad e Lira.
Como noticiamos,a MP editada por Haddad no final do ano passado não tem simpatia do Congresso. Agora, a equipe econômica trabalha em uma nova alternativa. A tendência é azeitar um novo um meio-termo entre a política atual e o desejo do governo.
O governo editou a Medida Provisória depois que o Congresso derrubou o veto do presidente Lula (PT) ao projeto de lei que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027. Na prática, o texto trata da reoneração da forma gradual para esses setores a partir de abril deste ano.
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