Homem é detido por tráfico de animais raros e em extinção no Paraná
Para quem acredita que tráfico envolve apenas drogas e pessoas, a recente operação da Polícia Civil no Paraná revela outro setor alarmante: o tráfico de animais silvestres...
Para quem acredita que tráfico envolve apenas drogas e pessoas, a recente operação da Polícia Civil no Paraná revela outro setor alarmante: o tráfico de animais silvestres. O agressor, cuja identidade permanece anônima, foi detido por vender animais por valores que variam de R$ 12 mil a R$ 100 mil. Para agravar a situação, algumas espécies envolvidas na operação ilícita estão em extinção.
A operação policial ocorreu em uma propriedade rural, onde um mandado de busca e apreensão foi executado. Uma arara-canindé, exemplo raro de fauna silvestre, foi resgatada e atualmente está abrigada no Criadouro Onça Pintada, localizado em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba.
Provas do crime
As provas do crime foram abundantes. Documentos que comprovam a venda dos animais, um veículo usado para anunciar a venda e uma gaiola foram evidências contundentes encontradas pelo investigadores no local.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito responderá em liberdade pelos crimes de tráfico de animais silvestres, maus-tratos e fraude processual.
Divulgação do negócio ilícito
Conforme apurado pela polícia, o suspeito fazia a divulgação de seus negócios ilícitos principalmente por meio de grupos de aplicativos de mensagens e, curiosamente, através do uso de um veículo plotado com seu sobrenome, o número de telefone e o serviço que oferecia, ou seja, a venda de animais exóticos.
Guilherme Dias, delegado responsável pela investigação, informou que o homem vendia animais para todo o país sem qualquer tipo de autorização do Instituto Água e Terra, entidade responsável pelo licenciamento deste tipo de atividade.
Consequências para os compradores
O delegado Dias alerta para o fato de que aqueles que compram estes animais ilegalmente também podem ser acusados pelo crime de tráfico de animais silvestres. Ele pontua, ainda, que mais de 90% dos animais traficados morrem durante o transporte, resultando em uma taxa de sobrevivência mínima para esses pobres animais.
O principal negócio: araras
Apesar da venda de diferentes tipos de animais, o principal negócio conduzido pelo suspeito era a venda de araras, com destaque para espécies como Macau, Vermelha, Azul e Canindé. A Polícia Civil relatou que o homem vendia araras-canindé por R$ 10 mil cada e araras-azuis eram listadas por sensacionais R$ 100 mil.
A suspeita é que o indivíduo estava envolvido na venda ilegal de animais há mais de um ano. As investigações seguem no sentido de descobrir quantos animais foram vendidos ilegalmente.
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