O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB, foto), afirmou nesta quarta-feira, 10, que a saída de Marta Suplicy da Secretaria de Relações Internacionais da capital paulista é “página virada”.

Em entrevista coletiva, ele disse que a exoneração da ex-prefeita foi “de comum acordo”.

“Ela segue um caminho e eu continuo seguindo o meu, cuidando da cidade. Não vai abalar meu respeito e admiração por ela”, acrescentou.

Marta Suplicy deixou a gestão de Ricardo Nunes na terça-feira, 9, para ser candidata a vice do deputado federal Guilherme Boulos (Psol).

“Ela [Marta] disse que aceitou, que havia conversado com o presidente Lula, que havia aceito”, afirmou Ricardo Nunes ao ser questionado se Marta embarcou no projeto político de Boulos.

A conversa de Marta com Lula

Marta se reuniu na segunda-feira, 8, com o presidente Lula. O petista fez, formalmente, o convite para que ela voltasse ao PT. O partido vai ocupar o cargo de vice na chapa de Boulos.

Na conversa com Lula, Marta aceitou o desafio proposto por Lula. O retorno dela ao partido, no entanto, já criou fissuras internas. Integrantes do PT argumentam que a Marta de 2024 não é a mesma do início dos anos 2000, quando ela comandou a maior cidade do país. Alguns petistas têm classificado Marta nos bastidores como uma “traidora”.

O movimento de reaproximação de Lula começou em dezembro. Às vésperas do Natal, o presidente ligou para a ex-petista para desejar “boas festas”. Na ocasião, fez dois convites: o primeiro para que ela se filie novamente ao PT e o segundo para ocupar o posto de candidata a vice-prefeita.

Traição?

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que não classifica a decisão de Marta Suplicy como traição.

“Não, não. A palavra é muito forte, eu não atribuiria uma palavra dessas à prefeita Marta. Ela tem o seu trabalho, tem a sua história”, disse.

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