Valdemar questiona intenções de Moraes ao se colocar como vítima do 8/1
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, questionou nesta segunda-feira, 8, as intenções do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao se colocar como “vítima” dos atos do 8 de janeiro de 2023...
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, questionou nesta segunda-feira, 8, as intenções do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao se colocar como “vítima” dos atos do 8 de janeiro de 2023.
Para o chefe do partido de Jair Bolsonaro, o magistrado deixou de ser “juiz”, tornando-se parte envolvida no processo ao denunciar supostos planos contra ele durante as invasões dos três Poderes, em Brasília.
“Sempre me perguntei sobre quais foram os critérios constitucionais para os julgamentos das pessoas que participaram das manifestações no 8 de janeiro de 2023. Como sabem, sou veementemente contra as quebradeiras e invasões a qualquer propriedade pública ou privada, principalmente aos prédios dos três Poderes.
Mas depois que o ministro Alexandre de Moraes revelou que havia uma conspiração contra ele, comecei a me fazer novos questionamentos: Será que temos um ministro que queria se proteger ou talvez se promover com esse julgamento? Será que, para se defender, começou a dizer o absurdo de que os manifestantes, munidos de pedaços de pau, queriam dar um golpe? Que golpe? Quantos tanques de guerra tinham lá? Quantos morreram? Quem agrediu quem? Dar uma pena de 17 anos para um manifestante é justiça ou vingança?
Aliás, o general que estava lá defendendo os prédios também ajudou os manifestantes!
Também quero enfatizar a vocês que o ministro Alexandre de Moraes, ao revelar que queriam prejudicá-lo deixou de ser juiz e passou a ser uma parte envolvida no processo.
Todos sabem que, de acordo com a nossa Constituição, quem é parte do processo não pode julgar. Ele mesmo se colocou como vítima. Então, como uma vítima pode assumir um papel de juiz e julgar alguém? Dessa forma, fica claro que todos esses julgamentos devem ser anulados.
O dia 8/01/2023 nos revelou muita coisa, principalmente que um ministro que se assume como vítima deveria se afastar de casos assim e se defender, mas, em hipótese alguma, deveria julgar”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.
A entrevista de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os manifestantes mais exaltados do 8 de janeiro defendiam que ele fosse “preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse Moraes.
Mesmo assim, Rosa Weber designou Moraes para relatar o processo sobre as invasões aos três Poderes no STF, desrespeitando o princípio do juiz natural e a livre distribuição dos processos.
Perguntamos no Papo Antagonista:
Como Moraes pode ser relator de um inquérito se ele próprio diz ser alvo de um plano de enforcamento pelos réus?
Ora, em nome da defesa da “democracia” contra o golpe, criou-se uma licença jurídica-política-midiática para solapar a democracia.
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) January 5, 2024
Leia também:
Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano?
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