Brasil registra recorde na balança comercial de U$ 98,8 bi em 2023
O economista Armando Castelar afirma que o Brasil tem potencial para aumentar ainda mais a sua participação no comércio mundial.
O Brasil comemorou em 2023 um recorde histórico na sua balança comercial. Este foi o melhor resultado para o país em um período de 34 anos, desde que a série histórica teve início. As exportações superaram as importações, rendendo um saldo positivo de US$ 98,8 bilhões.
Isso representa um aumento de 60% em relação ao ano anterior, quando a balança também teve um resultado positivo de US$ 61,5 bilhões.
A alta nas vendas para o exterior e recorde na balança comercial
As vendas ao exterior neste período se aproximaram de US$ 340 bilhões. Destacando-se, o setor agropecuário foi responsável por quase 25% dessas vendas, seguido de perto pela indústria extrativista.
Esta última se ocupa da retirada de recursos e insumos da natureza para utilização como matérias-primas.
Em contraste, as importações apresentaram uma queda de 11% no mesmo ano em relação ao anterior, totalizando US$ 240 bilhões. Esse fator também contribuiu para o superávit da balança comercial.
As perspectivas para o futuro
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, destacou a importância das exportações para a economia brasileira e a credibilidade do país no cenário internacional.
“Comércio exterior hoje é fundamental para a economia, para o emprego, para a renda, para o desenvolvimento brasileiro. Isso é muito importante porque ajuda a economia, ajuda nas reservas internacionais, ajuda na economia. Então, esse saldo da balança comercial, extremamente expressivo: 60%. Isso também ocorreu, essa queda da importação, pela queda do preço dos produtos que nós importamos”.
Ainda segundo o ministro, resultados como este têm um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil, impactando também nas reservas internacionais.
A venda de soja, um dos principais produtos de exportação do Brasil, também foi recorde em 2023.
Esse foi um dos fatores que permitiram ultrapassar a marca de US$ 100 bilhões em exportações para China, incluindo Hong Kong e Macau.
A China, incluindo Hong Kong e Macau, foi o principal destino das exportações brasileiras, seguida da União Europeia, Estados Unidos, Sudeste Asiático e Mercosul.
O economista Armando Castelar afirma que o Brasil tem potencial para aumentar ainda mais a sua participação no comércio mundial.
Segundo o economista, o conforto nas contas externas dá maior segurança aos investidores estrangeiros, diminui o risco-país e contribui para segurar a inflação.
Retirada de sobretaxa pelos Estados Unidos
Alckmin anunciou ainda que os Estados Unidos retiraram a sobretaxa de 103% que era aplicada sobre os preços de tubos de aço vendidos pelo Brasil desde 1992.
No ano de 2023, o Brasil vendeu quase US$ 500 mil deste produto para o mercado norte-americano.
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