Emprego nos EUA deve definir humor do mercado financeiro
Todas as atenções estarão voltadas para o relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como Payroll, que será divulgado às 10h30. A resiliência do mercado de trabalho por lá tem sido apontada pelo FED como um dos principais pontos de alerta para a manutenção dos juros básico em patamar elevado por mais tempo...
Todas as atenções estarão voltadas para o relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como Payroll, que será divulgado às 10h30. A resiliência do mercado de trabalho por lá tem sido apontada pelo FED (Federal Reserve) como um dos principais pontos de alerta para a manutenção dos juros básico em patamar elevado por mais tempo.
O consenso de mercado indica uma desaceleração na abertura de novos postos de trabalho em dezembro (175 mil), na comparação com novembro (199 mil). Um número acima dos esperado pode fazer com que ganhem força as apostas de início dos cortes na taxa básica de juros somente em maio. A taxa de desemprego também deve ter um leve aumento, passando de 3,7% para 3,8%.
Nos últimos dias, dados sobre o mercado de trabalho, oriundos de outras fontes como o Jolts (ofertas de emprego e rotatividade), pedidos de seguro-desemprego e ADP (variação de empregos privados) iniciaram uma desconfiança de que o setor talvez ainda esteja aquecido, o que justificaria uma política monetária mais restritiva. O resultado foi o reapreçamento dos juros futuros para um possibilidade menor de corte em março.
Além desse número, a força dos reajuste dos salário americanos também estarão no radar. As expectativa de mercado apontam para uma desaceleração nos reajustes dos ganhos médios por hora de 4% nos doze meses terminados em novembro, para 3,9% no mesmo período encerrado em dezembro. Na comparação mensal, o número deve ficar em 0,3% no último mês do ano passado, contra 0,4% no anterior.
Por aqui, a agenda econômica também tem dados relevantes para o mercado financeiro. Às 8h30, resultado fiscal consolidado para novembro do ano passado deve mostrar piora no resultado primário, com déficit esperado de mais de R$ 30 bilhões. Logo em seguida, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga os dados de novembro sobre a produção industrial. E, à tarde, o anúncio do recorde histórico da balança comercial brasileira em 2023, com superávit esperado de US$ 7,80 bilhões no último mês de 2023 e US$ 97,1 bilhões acumulados ao longo do ano passado.
Há pouco, o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) foi divulgado com aceleração marginalmente abaixo da esperada, com avanço de 0,64% % em dezembro, contra 0,66% esperados. Em novembro, esse índice de inflação havia registrado alta de 0,50%. Apesar da reaceleração, o indicador fechou o ano de 2023 em deflação de 3,30%.
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