A checagem da nota da Choquei
O perfil de redes sociais Choquei divulgou nota na quinta-feira, 28, para informar que seu criador, Raphael Souza, prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais pela morte de...
O perfil de redes sociais Choquei divulgou nota na quinta-feira, 28, para informar que seu criador, Raphael Souza, prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais pela morte de Jéssica Vitória Canedo. A jovem de 22 anos tirou a própria vida após ser envolvida em uma relação inexistente com o humorista Whindersson Nunes, a partir de registros forjados de conversas que eles não tiveram.
Na nota, a Choquei diz também que “foram fornecidas provas sobre o fato gerador da notícia falsa – que foi publicada originalmente por um outro perfil e republicada posteriormente pela Choquei — e foram disponibilizadas imagens de diálogos que mostram os procedimentos adotados assim que a falsidade foi descoberta, como a retirada imediata do conteúdo falso republicado”.
“É mentira que a página Choquei tenha retirado imediatamente o post ao saber que era mentira. A página manteve o post no ar por dias, mesmo com uma Nota da Comunidade alertando sobre a fake-news”, diz a checagem.
Os checadores destacam ainda que “o dono da página zombou do pedido de ajuda de Jéssica”.
Raphael Souza publicou o seguinte após Jéssica divulgar mensagem pedindo para pararem com as mentiras: “Avisa pra ela que a redação do ENEM já passou. Pelo amor de Deus!” (foto).
A Choquei disse na nota divulgada na quinta que “passa por um profundo processo de reavaliação interna dos métodos adotados visando a implementação de filtros e códigos de conduta para evitar que episódios dessa natureza voltem a acontecer”.
Reação
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) anunciou que vai questionar formalmente os ministérios do governo Lula sobre possível repasse de verbas para o perfil de fofoca.
O perfil se envolveu na campanha de Lula em 2022 e seu criador se aproximou da primeira-dama Janja. Na reação ao suicídio de Jéssica, os ministros do governo preferiram mirar nas big techs e defender a regulação das redes sociais.
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