“Por que políticos usam tanto dinheiro vivo?”
Por que será que políticos e seus parentes usam tanto dinheiro vivo? Quem pergunta é a Transparência Internacional Brasil...
Por que será que políticos e seus parentes usam tanto dinheiro vivo? Quem pergunta é a Transparência Internacional Brasil.
“Família Bolsonaro pagava contas pessoais, filha do Temer pagou reforma da casa, Lula pagou aluguel por anos, todos com dinheiro vivo. A lista é longa de políticos e suas transações em cash… Todo mundo usa transações eletrônicas pela praticidade e segurança”, publicou a ONG em seu perfil no X, ex-Twitter.
Na foto que ilustra este texto, outro exemplo: os 51 milhões de reais apreendidos pela Polícia Federal em 2017 em imóvel do ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Salvador.
“O uso de dinheiro vivo em transações de valor mais alto (ou de forma recorrente) é considerado, no mundo inteiro, forte indício de lavagem. Se envolve ‘pessoas expostas politicamente’ (‘PEPs’, uma categoria internacional de pessoas com maior risco de lavagem) os indícios se tornam ainda mais fortes”, segue o texto publicado pelo grupo para defender um projeto de lei que pretende regular e limitar o uso de dinheiro vivo no Brasil.
Segundo a ONG, isso dificultaria que políticos corruptos e outros criminosos operassem e ocultassem seus crimes. “O PL 3.951/2019 foi proposto pelo senador Flavio Arns e recebeu parecer favorável do senador Alessandro Vieira [MDB-SE], mas tramita a passo de tartaruga no Congresso”, reclama a Transparência internacional.
O grupo disse ainda que “o papel moeda, ao contrário, das transações eletrônicas, não é rastreável”.
“Por isso é tão usado para lavar dinheiro da corrupção e outros crimes. Um empresário jamais fará Pix ou TED pra pagar propina a um político. Nem um traficante de drogas ou armas jamais comprará ou venderá seu produto com cartão de crédito”, argumentou a ONG.
Malas para todo o lado
Voltaram ao noticiário na quarta-feira, 27, os 500 mil reais apreendidos em 2022 com Alberto Alcolumbre, irmão do senador Davi Alcolumbre (União-AP). Desde março do ano passado, Beto, como é conhecido o irmão do parlamentar, não consegue explicar de onde veio o dinheiro.
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