O presidente do PSB, Carlos Siqueira, defendeu que o vice-presidente Geraldo Alckmin apoie o nome de Tabata Amaral na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2024. O partido de Alckmin resiste em retirar a pré-candidatura da deputada federal mesmo com o apoio do presidente Lula (PT) ao nome de Guilherme Boulos, do PSOL.

“Sim, conversamos sobre a situação. Mas eu não vou pressioná-lo. É natural que nosso partido tendo candidato e [Alckmin] sendo do PSB,  ele apoie. Confio muito e acho que ele vai apoiar sim”, disse Siqueira em entrevista à Globo News nesta terça-feira, 26.

Questionado sobre possíveis desgates na relação do PSB com o governo Lula, Siqueira afirmou que “vivemos no pluralismo partidário” e o seu partido vai oferecer uma opção aos candidatos da capital paulista. A sigla conta atualmente com três ministérios na Esplanada dos Ministérios.

“São tempos de democracia, tempo de liberdade e tempo de pluralismo. Não somos um país de partido único. Então cada partido deve oferecer à população, nas eleições que são de dois turnos, que é o caso da de São Paulo, suas opções”, completou Siqueira.

Lula tenta evitar palanque divido em São Paulo

O presidente Lula tenta evitar que ele e seu vice, Geraldo Alckmin, estejam em palanques divididos na disputa pela prefeitura da maior cidade do país em 2024. O petista amarrou o apoio do PT ao nome de Guilherme Boulos e pretende atuar como principal cabo eleitoral do pré-candidato do PSOL.

Na semana passada, Lula deu um recado aos seus ministros dizendo que não que “bola dividida” entre os integrantes de seu governo durante as eleições municipais. A avaliação dentro do Palácio do Planalto é de que a fala foi uma sinalização para Alckmin e para o ministro Márcio França (Empreendedorismo), ambos do PSB.

Último levantamento do instituto Paraná Pesquisas, de dezembro, mostrou no primeiro cenário apresentado, Boulos 31,1% das intenções de voto, ante 25,4% do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Em terceiro lugar, a deputada federal Tábata Amaral (PSB) tem 8,9%, seguida por Ricardo Salles (PL), com 8,3%, Kim Kataguiri (União), 5,4%, e Marina Helena (Novo), 3,1%. Brancos e nulos têm 12%.

Além de incluir o pré-candidato em suas agendas pela capital paulista, o presidente Lula tenta atrair de volta ao PT a ex-prefeita Marta Suplicy e torná-la candidata a vice. A expectativa é de que Marta Suplicy cumpra na chapa de Boulos o mesmo papel que Alckmin teve na chapa de Lula na disputa presidencial do ano passado.