Lula condena o ódio dos outros
O presidente Lula foi à cadeia nacional de rádio e tevê na noite de domingo, 24, para condenar o ódio. Dos outros...
O presidente Lula foi à cadeia nacional de rádio e tevê na noite de domingo, 24, para condenar o ódio. Dos outros.
“O ódio de alguns contra a democracia deixou cicatrizes profundas e dividiu o país. Desuniu famílias. Colocou em risco a democracia. Quebraram vidraças, invadiram e depredaram prédios públicos, destruíram obras de arte e objetos históricos”, disse o petista na mensagem de cinco minutos e meio, na qual não deixou de hostilizar os adversários, como de costume.
Lula disse que “o Brasil voltou a ter um governo de verdade”. “Recuperamos o diálogo com o mundo e a nossa credibilidade internacional”, comentou, marcando posição contra Jair Bolsonaro.
“Felizmente, a tentativa de golpe causou efeito contrário”, disse, acrescentando que o episódio “uniu todas as instituições, mobilizou partidos políticos acima das ideologias, provocou a pronta reação da sociedade”.
“Restaurar a paz”
“Ao final daquele triste 8 de janeiro, a democracia saiu vitoriosa e fortalecida. Fomos capazes de restaurar as vidraças em tempo recorde, mas falta restaurar a paz e a união entre amigos e familiares”, comentou.
“O país voltou a ser ouvido nos fóruns internacionais em temas como o combate à fome, a desigualdade, a busca pela paz e o enfrentamento da emergência climática”, seguiu o petista, que não disse, contudo, que o que seu governo disse sobre a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza não advogou exatamente em benefício do Brasil.
O presidente também aproveitou a mensagem para fazer um balanço positivo da própria gestão, enumerando os programas reciclados dos governos anteriores, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos.
Esse foi o terceiro pronunciamento de Lula em cadeia nacional no ano. O primeiro ocorreu às vésperas do 1º de maio, Dia do Trabalho. Na ocasião, o petista confirmou que enviaria ao Congresso Nacional uma proposta de nova política de valorização do salário mínimo.
No segundo, feito por ocasião do Dia da Independência, Lula falou de novo sobre união e contra o ódio. Sempre dos outros.
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