PSB usa filiação de Datena para pleitear o Ministério da Justiça
O partido, que filiou o apresentador Datena nesta terça-feira, 19, não quer perder o ministério com a saída de Flávio Dino para o STF...
A cúpula do PSB aproveitou o evento de filiação do apresentador José Luis Datena, nesta terça-feira, 19, para defender a indicação de Ricardo Cappelli para o comando do Ministério da Justiça. O partido tem intensificado a pressão para não perder a pasta com a saída de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira disse que Capelli ele era “quase ministro porque o Dino disse ontem [segunda-feira] que vai tirar umas férias e você vai ficar respondendo.” “Oxalá que fique por muito tempo [à frente do ministério]”, disse.
A cerimônia de filiação de Datena contou com diversos nomes do PSB, como a deputada Tábata Amaral (SP) e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Como noticiamos, lideranças da sigla já vinham atuando nos bastidores para que o presidente Lula (PT) mantenha o atual secretário-executivo Cappelli no posto. O petista, no entanto, tem preferência pelo o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.
Além da pasta de Dino, o PSB conta ainda com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, de Márcio França. A avaliação entre lideranças da sigla é de que, apesar de ganhar um correligionário no STF, a saída de Dino enfraquece ainda mais o partido dentro do governo Lula.
Os integrantes do partido ainda se ressentem pela perda do Portos e Aeroportos. Em setembro, Lula tirou a pasta de Márcio França para acomodar Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), em um acordo para acomodar o Centrão.
Quem são os cotados para o Ministério da Justiça?
Apontado por integrantes do Planalto como favorito de Lula para assumir a cadeira de Dino no Ministério da Justiça, Lewandowski foi ministro do STF e deixou a Corte em abril, em aposentadoria compulsória ao completar 75 anos.
Ele acompanhou Lula na viagem do petista para a COP28, nos Emirados Árabes, no começo deste mês. O ex-ministro do STF, que trabalha na iniciativa privada, esteve na comitiva de empresários que acompanhou o presidente.
Outros nomes cotados para o ministério são Wellington César Lima e Silva, titular da Secretária de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil; Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas; e Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União.
Atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também teve o nome ventilado no fim do mês passado, quando o nome de Dino foi definido para indicação ao STF. Na ocasião, ela negou a consulta pelo cargo e defendeu a divisão do ministério entre pastas de Justiça e Segurança Pública.
Lula no entanto, só deve bater o marte sobre a escolha após a virada deste ano. O petista vem estudando uma reforma ministerial mais ampla a partir de janeiro de 2024.
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