Crusoé: O jogo de empurra na demissão de um bolsonarista em SC
A demissão de Rafael Nogueira (foto) como presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), na última sexta, 15, criou um atrito entre o governador Jorginho Mello (PL) e sua base de apoio, envolvendo os bolsonaristas...
A demissão de Rafael Nogueira (foto) como presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), na última sexta, 15, criou um atrito entre o governador Jorginho Mello (PL) e sua base de apoio, envolvendo os bolsonaristas. O motivo de ele estar entre os 18 demitidos — e de ser a única exoneração revertida, em pleno sábado de madrugada, por Jorginho Mello — ainda segue sem explicação.
À reportagem, o governo indica que a demissão teria ocorrido por engano e que “um técnico se equivocou e publicou com o erro, corrigido algumas horas depois”. No ato da sua demissão, publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira, até seu substituto estava definido: na página 14 do documento consta que Sergio Ricardo Fraga Costa, o Gibão, assumiu o cargo naquele dia.
A demissão, alega um dos afastados, pegou a todos de surpresa — inclusive Rafael. No governo de Jorginho Mello, ele é mais que o presidente da FCC, responsável pelos museus e pelos órgãos culturais do estado.
Ele também é uma ligação direta com a ala mais ideológica do governo de Jair Bolsonaro, já que durante os anos de mandato dele, Nogueira foi o presidente da Biblioteca Nacional. Além disso, ele é apadrinhado direto de Ana Caroline Campagnolo (PL), deputada estadual bolsonarista e a mais bem votada nas últimas eleições.
Não à toa, uma edição extra do mesmo Diário Oficial, na noite de sexta-feira, o reinstalou no cargo.
LEIA MAIS AQUI; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)