José Nêumanne na Crusoé: A elite se diverte e o povo que se dane
Em sua coluna para a edição de número 294 da Crusoé, José Nêumanne Pinto fala sobre o descaso do governo Lula que viu parte de Maceió afundar, decorrente de um colapso da mina 18 da Braskem, mas preferiu tentar pacificar inimigos históricos da política nacional...
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Em sua coluna para a edição de número 294 da Crusoé, José Nêumanne Pinto fala sobre o descaso do governo Lula que viu parte de Maceió afundar, decorrente de um colapso da mina 18 da Braskem, mas preferiu tentar pacificar inimigos históricos da política nacional.
A terça-feira, 12, e a quarta-feira, 13 de dezembro, são datas que entram para a sórdida história da política do pau-brasil como a hora em que a casta dirigente se permite rir a bandeiras despregadas deixando parte de Maceió afundar sem dó, espírito cristão nem amor ao governo do povo, ao qual finge aderir. Na terça, o presidente da República, que não deu o ar de sua graça ao desgraçado pobre alagoano para testemunhar o afundamento de bairros inteiros, investiu todo o seu poder para pacificar inimigos históricos, um deles seu sócio no desgoverno, o deputado Arthur Lira, e outro, o senador Renan Calheiros.
Ao voltar do repouso das mil e uma noites de sultão no deserto, o condômino mais notório do despudorado poder republicano federal poderia ter marcado uma reunião em Maceió com o sócio Lira, o apoiador Renan, prefeito, governador e diretorias de agências reguladoras de serviços públicos privatizados. E cobrar da PF providências imediatas e da justiça a devida punição a quem de direito. Nada disso: reuniu em Brasília os chefões, todos pertencentes à casta dirigente de políticos, burocratas, empresários, milicos e sindicalistas, para recriminar o clima violento, normal em confrontos de inimigos políticos, entre Renan e Rui Costa, que participou do encontro como Pilatos no Credo. Aí ordenou que os aliados irritados se acalmassem e fizessem as pazes. Em tom similar ao que recorre para abençoar a desumanidade do Hamas no Oriente Médio e os invasores russos da Ucrânia. E a compreensão de irmão de opa à invasão dos poços petrolíferos da Guiana pelo tiranete Maduro, da Venezuela. Diplomacia de capitão-do-mato, ingerida na pinga com cambuci em botecos e piquetes.
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