O eloquente silêncio de Dino sobre o hackeamento de Janja
Na véspera de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Flávio Dino limitou-se a tuitar sobre operações da Polícia Federal (PF), como um bom ministro da Justiça...
Na véspera de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Flávio Dino limitou-se a tuitar sobre operações da Polícia Federal (PF), como um bom ministro da Justiça. Indicado por Lula para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador do Maranhão falou sobre o combate ao tráfico de drogas em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.
Sobre o hackeamento do perfil da primeira-dama Janja no X, ex-Twitter, silêncio; mesmo após a PF solicitar o bloqueio da conta da mulher de Lula e anunciar uma investigação sobre o caso. Calar dessa forma não é do feitio do ministro da Justiça, que se acostumou a comentar qualquer tema popular no Brasil desde o fim de 2022, quando foi indicado para o Ministério.
Em outros tempos, Dino teria publicado um texto contundente a esta altura, atacando os opositores e anunciando providências, cujos resultados provavelmente nunca seriam vistos. Mas ele parece mesmo já ter trocado de roupa, como anunciou durante seu périplo em busca de votos no Senado.
Nos últimos dias, o ministro tem se restringido a destacar operações policiais, como se espera de alguém que ocupa seu cargo. Não é hora para polêmicas ou ataques desnecessários. O governo Lula conta e reconta obsessivamente os votos para evitar uma rejeição histórica no Senado na quarta-feira, 13, e ver o indicado do presidente assumir a cadeira deixada por Rosa Weber no STF.
Na ausência de Dino, o papel de polemista da Esplanada dos Ministérios parece ter recaído sobre o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. “É espantosa, mas não surpreendente, a postura das redes sociais, particularmente da plataforma X (antigo Twitter), que falham miseravelmente em garantir a segurança do usuário”, escreveu o ministro em seu perfil no X, aproveitando o ensejo para defender a “regulação das plataformas”.
É espantoso, mas não surpreendente.
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