Deslocamento de mina da Braskem volta a acelerar em Maceió
De acordo com a última atualização feita pela Defesa Civil, nesta sexta-feira, 8, o afundamento do solo sobre a mina da Braskem, em Maceió, atingiu a marca de 2,06 metros de profundidade, com um aumento de 5,7 centímetros nas últimas 24 horas...
De acordo com a última atualização feita pela Defesa Civil, nesta sexta-feira, 8, o afundamento do solo sobre a mina da Braskem, em Maceió, atingiu a marca de 2,06 metros de profundidade, com um aumento de 5,7 centímetros nas últimas 24 horas.
A velocidade registrada foi de 0,23 centímetros por hora, sendo um ligeiro aumento em relação à medição anterior.
Apesar das variações constantes entre aumento e desaceleração do afundamento do solo, a Defesa Civil ressalta que ainda não é possível afirmar que o solo está se estabilizando. Por isso, o monitoramento continua sendo realizado 24 horas por dia. Como medida de precaução, a população é orientada a não transitar na área desocupada.
A mina em risco é uma das 35 operadas pela Braskem na região para extração de sal-gema, mineral utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Localizada sob a lagoa Mundaú, sua ruptura abrupta poderia afetar gravemente o local. A empresa assegura que as áreas ao redor da mina continuam isoladas e fora de perigo.
A Defesa Civil reforça a importância de evitar passar pela área onde está localizada a mina em risco e ressalta que as outras 34 minas da Braskem em Maceió não apresentam risco de colapso.
Recentemente, houve suspeitas de tremores de terra nas proximidades do maior complexo de escolas públicas de Alagoas, o Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), que reúne 11 escolas estaduais. No entanto, a Defesa Civil descartou essa possibilidade. Embora o local esteja próximo à mina da Braskem, ainda não foi emitida ordem de evacuação e as aulas estão sendo mantidas normalmente, apesar do medo sentido por estudantes e funcionários.
Desde o início da instabilidade no solo causada pela mineração, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em cinco bairros da cidade. Em 2018, após a detecção do afundamento da mina 18, famílias que ainda viviam na região afetada tiveram que deixar suas casas por ordem judicial. A Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro, com autorização para uso de força policial caso haja resistência.
Leia também:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)