PCC levantou endereços de Lira e Pacheco e alugou imóvel para “missão”
Investigações do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal apontam que o PCC – a maior facção criminosa do país - fez um minucioso levantamento sobre os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma...
Investigações do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal apontam que o PCC — a maior facção criminosa do país — fez um minucioso levantamento sobre os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL, foto, à direita), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, foto, à esquerda), para uma “missão”.
Os integrantes do PCC buscaram informações sobre os endereços das residências oficiais de ambos e rotina de entrada e saída dos parlamentares. O grupo também obteve fotos aéreas das casas e enviou emissários para Brasília para estruturar a “missão”. Até um imóvel foi locado.
As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmadas por O Antagonista junto a integrantes da PF. Os policiais ainda investigam qual seria essa “missão”.
O plano foi descoberto no âmbito do inquérito que desarticulou uma ação do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Em setembro, a Justiça Federal do Paraná decidiu acatar a denúncia feita pelo Ministério Público contra nove indivíduos suspeitos de planejar o sequestro de Moro.
As informações sobre endereços de Lira e Pacheco foram encontradas em celulares de integrantes da chamada “Célula Restrita” do PCC, considerado o grupo de elite da organização criminosa para missões consideradas estratégicas.
Integrantes desta célula, conforme as investigações da PF, chegaram a alugar um imóvel por 2,5 mil reais ao mês, entre maio e julho deste ano. Os investigadores ainda buscam informações sobre a localização do imóvel, mas na extração de dados dos aparelhos os policiais encontraram levantamentos sobre imóveis na região da “Península dos Ministros” – região próxima da localização das residências oficiais de Lira e Pacheco.
Houve outras despesas com Uber, transporte, seguro e hospedagem. Segundo o MP de São Paulo, pelo menos 44 mil reais foram gastos com o plano do PCC.
Ainda segundo as investigações, a missão estava sendo coordenada por Janeferson Gomes, o Nefo, citado pelo MP-SP como chefe da “Célula Restrita”.
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