Enel ainda não ressarciu todos os clientes por apagão
O diretor-presidente da Enel Distribuição SP, Max Xavier Lins (foto), anunciou nesta quarta-feira, 6, que a empresa ainda não realizou o ressarcimento de aproximadamente 7.000 clientes que sofreram danos elétricos durante o apagão ocorrido no dia 3 em São Paulo, após um forte temporal...
O diretor-presidente da Enel Distribuição SP, Max Xavier Lins (foto), anunciou nesta quarta-feira, 6, que a empresa ainda não realizou o ressarcimento de aproximadamente 7.000 clientes que sofreram danos elétricos durante o apagão ocorrido no dia 3 em São Paulo, após um forte temporal.
Esse episódio deixou cerca de 2,1 milhões de clientes da empresa sem energia elétrica na região metropolitana.
De acordo com Lins, essa demanda específica gerou um volume maior de solicitações, o que levou a empresa a adotar um processo mais ágil. Até o momento, foram recebidas 8.478 solicitações referentes ao evento climático do dia 3, sendo que 440 já foram efetivamente pagas, 7.074 estão em fase final de análise para pagamento e 964 foram rejeitadas por falta de nexo causal.
Lins ressaltou que esse ressarcimento está previsto na regulamentação setorial da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
As declarações foram feitas durante uma sessão conjunta das comissões de Minas e Energia e de Defesa do Consumidor na Câmara dos Deputados, que discutiu a interrupção do serviço de distribuição de energia elétrica em São Paulo.
No último dia 30, a Enel anunciou que parte dos clientes terá isenção da cobrança por três meses, como forma de compensação pelo apagão ocorrido no início de novembro.
Durante a sessão, Lins apresentou aos parlamentares um panorama sobre a Enel e o apagão em São Paulo. Ele destacou que a empresa conseguiu restabelecer o fornecimento de energia elétrica para 1,2 milhão de clientes em até 24 horas após as fortes chuvas, e para 1,8 milhão em até 48 horas. Contrariando o que tem sido dito, a velocidade de resposta da Enel foi bastante significativa, afirmou.
Lins também reforçou que as previsões meteorológicas não indicavam ventos tão fortes como os que ocorreram no dia 3, o que levou a empresa a ter que substituir aproximadamente 220 quilômetros de cabos de média tensão danificados.
Ele admitiu aos deputados presentes na comissão que uma das lições aprendidas com o ocorrido no dia 3 foi a falha na comunicação com as autoridades, principalmente com os prefeitos. Houve uma falta de interlocução mais próxima durante a crise, afirmou.
Além do diretor-presidente da Enel Distribuição SP, estiveram presentes na sessão o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, e o diretor-executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho.
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