A mineradora Vale deve manter o volume de produção de minério de ferro no ano que vem similar ao registrado em 2023. De acordo com as projeções da empresa apresentados nesta terça-feira, 5, aos investidores a produção de finos de minério de ferro deve ficar entre 310 e 320 milhões de toneladas métricas (Mt) em 2024, contra 315 Mt deste ano.  Em 2026, o volume deve variar entre 340 e 360 Mt.

A produção de níquel também deve e cobre também devem sofrer pouca alteração no próximo ano. A empresa espera atingir 165 mil toneladas (kt)  de níquel em 2023 e entre 160 e 175 kt em 2024. O volume de cobre deve ficar em 325 kt para este ano e entre 320 e 355 kt em 2024.

A Vale prevê, no entanto, aumento na produção de pelotas e briquetes, que deve ficar entre 38 e 42 Mt, contra os 37 Mt esperados para 2023.

Em relação aos resultados financeiros, a Vale espera que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de 2026 varie entre US$ 15,2 bilhões e US$ 31 bilhões, dependendo dos preços do minério de ferro (estimado entre US$ 90 e US$ 130/ tonelada).  O rendimento do fluxo de caixa para os acionistas (Free Cash Flow yield) no mesmo ano ficaria entre 5,2% e 23,2%.

A mineradora brasileira também divulgou projeções de investimentos. A Vale planeja um Capex total de aproximadamente US$ 6 bilhões neste ano e de US$ 6,5 bilhões a partir de 2024. Nos próximos anos, a mineradora espera investir até US$ 4 bilhões anualmente em soluções para a siderurgia e até US$ 3 bilhões em metais para transição energética.

Quanto aos gastos fixos, a Vale estima desembolsar US$ 6,3 bilhões, em 2023, e US$ 6,1 bilhões, em 2024. Em relação aos compromissos com Brumadinho e Mariana, a empresa provisionou despesas totais de US$ 2,9 bilhões em 2023, US$ 3 bilhões em 2024 e 2025, US$ 1,9 bilhão em 2026, US$ 1,3 bilhão em 2027 e uma média de US$ 400 milhões por ano de 2028 a 2035.