O número de vítimas fatais da erupção do vulcão Marapi, na Indonésia, aumentou para 22, nesta terça-feira, 5. Equipes de resgate encontraram mais corpos de alpinistas próximos a uma cratera, conforme informou a agência de resgate de Sumatra Ocidental.

Cerca de 200 socorristas retomarão as operações amanhã em busca de um alpinista ainda desaparecido.

O vulcão Marapi, localizado em Sumatra Ocidental e com 2.891 metros de altura, entrou em erupção no domingo, 3, expelindo nuvens de cinzas que alcançaram até 3 km de altitude.

Marapi é considerado um dos vulcões mais ativos da ilha de Sumatra e já havia entrado em erupção em janeiro e fevereiro deste ano.

Desde 2011, a agência de vulcanologia da Indonésia tem solicitado, por meio de cartas mensais, o fechamento de uma área de 3 km do cume para impedir o acesso dos escaladores. Esses pedidos foram enviados a uma agência local de conservação e ao Ministério do Meio Ambiente, segundo agências internacionais.

Apesar disso, os socorristas relataram que havia 75 alpinistas no vulcão quando ocorreu a erupção.

Ahmad Basuki, outro funcionário da agência de vulcanologia, explicou que o órgão pode apenas emitir avisos de segurança, sendo responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente e das autoridades locais aplicá-los.

A agência de conservação, que está subordinada ao ministério, afirmou que as permissões para a escalada foram concedidas após várias agências locais autorizarem, incluindo o governo provincial de Sumatra Ocidental, a agência nacional de desastres e a agência de busca e resgate de Padang.

Essa erupção do Monte Marapi foi a mais letal desde 1979, quando 60 pessoas perderam suas vidas.

As erupções de vulcões têm sido relativamente raras na última década, o que torna sua análise um desafio, afirmou Ahmad, da agência de vulcanologia.

“Como não podemos registrar nenhuma atividade sísmica, o vulcão não dá um sinal claro se vai entrar em erupção“, disse ele.

A Indonésia, localizada no chamado Anel de Fogo do Pacífico, abriga mais de 100 vulcões ativos.