Os Estados Unidos avisaram no sábado, 2, que estão dispostos a suspender “nos próximos dias” o alívio de sanções impostas à Venezuela caso não haja progressos na libertação de presos políticos.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que, embora a Venezuela tenha aberto caminho para uma revisão da candidatura da opositora María Corina Machado às eleições presidenciais de 2024, Washington não vê progressos na libertação de presos políticos.

“Estamos profundamente preocupados com a falta de progressos na libertação de cidadãos americanos e de prisioneiros políticos venezuelanos detidos injustamente. Continuaremos a nos empenhar ativamente nos esforços diplomáticos a este respeito e estamos preparados para tomar medidas nos próximos dias para suspender certas sanções, a menos que haja mais progressos.”

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), assinou em outubro com representantes da oposição um acordo para a realização de eleições livres —coisa que não acontece há muito tempo no país.

As eleições estão previstas para o segundo semestre de 2024. Uma das condições do acordo é que a Venezuela permita o trabalho de missões de observação. Após o acordo, os Estados Unidos suspenderam, por seis meses, as sanções ao petróleo, gás e ouro venezuelanos.