Gilmar Mendes: “Não somos odiados pela maioria da população”
O ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal, afirmou na sexta-feira, 1º, que os ministros da Corte não são odiados pela maioria da...
O ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na sexta-feira, 1º, que os ministros da Corte não são odiados pela maioria da população do país.
“Recentemente, na tribuna do Supremo, um advogado disse que nós éramos bastante pouco amados, ou até mesmo odiados. Certamente, não somos pela maioria da população. Mas, é claro, o papel da contramajoritariedade é muito difícil, ele muitas vezes leva a atitudes de incompreensão e antipatia”, disse durante evento em Fortaleza que reuniu servidores de tribunais de contas de vários países.
A declaração de Gilmar Mendes se refere ao desembargador aposentado Sebastião Coelho, que defendeu Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro réu julgado pelos atos de 8 de janeiro.
Em 13 de setembro, Coelho afirmou que os ministros do STF são “as pessoas mais odiadas” do país. Após o julgamento de quatro réus no plenário do STF, as outras centenas de casos passaram a ser julgadas em plenário virtual, longe dos olhos da população.
Protesto
O STF se tornou alvo de uma manifestação de rua recente, em 26 de novembro. O ato foi convocado em resposta à morte de Cleriston Pereira da Cunha, réu preso pelos atos de 8 de janeiro, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Na ocasião, o segundo vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), mandou um recado para o ministro Alexandre de Moraes. “Só para você ver, ministro Alexandre de Moraes, todo esse povo veio aqui para gritar ‘assassino’ a Vossa Excelência. Nós esperamos Justiça do STF, não o que está acontecendo. Nós parlamentares, nós povo brasileiro, não vamos nos calar”, disse o deputado.
A manifestação contou com o incentivo do ex-presidente Jair Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia, além de deputados federais e senadores da oposição.
Um relatório da Defensoria Pública sobre a morte do réu apontou demora no atendimento e falta de equipamentos na Papuda. Desde que Cleriston morreu, Moraes já mandou soltar 11 réus que aguardavam a análise de pedidos para deixar a prisão.
De acordo com informações do STF, ainda existem 105 pessoas presas em decorrência do 8 de janeiro.
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