Desacelera o deslocamento do solo em região de mina em Maceió
A Defesa Civil de Maceió, Alagoas, está em estado de alerta máximo devido ao perigo iminente de colapso em uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange...
A Defesa Civil de Maceió, Alagoas, está em estado de alerta máximo devido ao perigo iminente de colapso em uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange.
De acordo com um comunicado divulgado nesta sexta-feira, 1, o deslocamento vertical acumulado na mina é de 1,42 metros, com uma velocidade vertical de 2,6 centímetros por hora, mais cedo era de 5.
Como medida preventiva, a Defesa Civil enfatiza que a população não deve transitar na área desocupada até que haja uma nova atualização. Enquanto isso, estão sendo implementadas medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo. As informações fornecidas pela equipe de análise da Defesa Civil são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.
A mina 18 consiste em cavernas abertas pela Braskem para a extração de sal-gema, e estavam sendo fechadas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que essa atividade havia causado afundamentos no solo da região. O sal-gema é uma matéria-prima essencial para a indústria, sendo utilizado na produção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.
Situação de emergência
Nesta quinta-feira, 30, a prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias diante do iminente colapso da mina, que pode resultar em afundamentos do solo em diversos bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações na região da Lagoa Mundaú, no bairro Mutange, foi restrita.
Nove escolas foram preparadas para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões afetadas, disponibilizando carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, Guarda Municipal e assistência social.
Os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, estiveram em Maceió acompanhados de uma equipe de técnicos para avaliar a situação após o desastre ambiental que assolou a região.
Renan Filho utilizou suas redes sociais para expressar sua opinião sobre o ocorrido, afirmando que a empresa responsável deve ser responsabilizada pelos danos causados. “Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A Braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses“, disse o ministro.
Wellington Dias também se manifestou sobre a gravidade da situação e ressaltou a importância de estar atento às consequências desse possível crime socioambiental. “Estamos diante de um cenário grave, com abalos sísmicos e bairros afundando. O MDS está acompanhando de perto a situação e prestando toda a assistência necessária para ajudar no que for preciso“, escreveu o ministro.
Em resposta, a Braskem emitiu uma nota informando que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18. A empresa afirmou estar tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto de possíveis ocorrências e destacou que a área está isolada desde terça-feira, 28. Além disso, ressaltou que a região está desabitada desde 2020.
A Braskem também informou que implementou um sistema de monitoramento com equipamentos de última geração para detectar qualquer movimentação no solo da região, possibilitando o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas, como as que estão sendo tomadas atualmente.
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