Oposição articula nova convocação após ministra deixar audiência
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deixou antes do fim das perguntas uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara na tarde da terça-feira, 28. E deve ter de voltar lá por causa disso. ..
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deixou antes do fim das perguntas uma audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara na tarde da terça-feira, 28. E deve ter de voltar lá por causa disso.
“Eu vou precisar me ausentar, eu estou indo para a missão em Dubai com o presidente Lula”, disse a ministra após cerca de três horas de reunião, para os protestos de deputados da oposição (assista abaixo). Segundo a presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF), o combinado era uma audiência de quatro horas.
Os deputados que ainda estavam inscritos para falar sugeriram que a ministra seja convocada para comparecer novamente e Kicis prometeu colocar o requerimento em votação.
Durante a audiência, a ministra debateu com deputados da oposição a inclusão da vacina contra Covid para crianças de seis meses a cinco anos no Programa Nacional de Imunização, Ela assegurou que a medida segue recomendação de sociedades científicas e destacou que 110 crianças morreram em decorrência da doença em 2023.
Segundo Nísia, o Brasil registrou neste ano 3.379 casos de síndrome respiratória aguda grave por Covid em menores de um ano, e 1.707 casos na faixa de um a quatro anos. “A indicação é muito clara e está baseada em um dado muito simples: 110 mortes de crianças por Covid em 2023, é esse o dado que leva a essa determinação”, justificou.
Kicis e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) confrontaram a ministra. A deputada disse que o imunizante contra a Covid não deveria sequer ser chamado de vacina, mas de terapia gênica. Nísia rebateu: “O FDA jamais falou que a vacina de RNA mensageiro é uma terapia gênica. Esse é o problema que nós temos hoje, as falas são feitas como se houvesse verdades por trás, e não há verdade”.
Já Eduardo argumentou que vários países europeus, como a Suíça, já restringiram a aplicação da vacina contra a Covid a idosos e mencionou “uma epidemia mundial” de morte súbita causada pela vacinação contra a Covid. Nísia rebateu dizendo que os países apenas definiram prioridades para a aplicação das vacinas.
“Devo dizer da temeridade do que está sendo colocado aqui, por quem está atacando, sim, a proteção à vida que a vacina dá. Não se sabem, inclusive, as implicações neurológicas da Covid, não se sabem muitas das implicações no aparelho circulatório, os casos de trombose entre as pessoas que têm Covid são muito maiores do que naqueles que não têm”, disse.
Com informações da Agência Câmara
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