A conta de Janones não fecha
Apesar de ter dito a assessores que gastou 675 mil reais quando concorreu à prefeitura de Ituiutaba em 2016, o deputado federal André Janones (Avante-MG, foto) declarou à Justiça eleitoral ter ‘perdido’ menos de um terço do valor...
Apesar de ter dito a assessores que gastou 675 mil reais quando concorreu à prefeitura de Ituiutaba em 2016, o deputado federal André Janones (Avante-MG, foto) declarou à Justiça eleitoral ter ‘perdido’ menos de um terço do valor, registrou O Globo. O parlamentar gastou 202,5 mil reais na campanha, embora tenha desembolsado apenas 25,2 mil reais com recursos próprios.
Em sua prestação de contas, Janones disse ter gasto 88 mil reais com programas de TV e rádio; 38,4 mil reais com jingles e vinhetas; 27,9 mil reais com materiais impressos; 27,5 mil com serviços prestados por terceiros; 6,1 mil reais com publicidade via adesivos; 5,1 mil reais com pessoal de campanha; 4,9 mil com carros de som e 2,5 mil reais com jornais e revistas.
“A sensível diferença sugere, portanto, que faltam informações nas contas prestadas oficialmente e ainda um possível drible no teto estipulado para a candidatura, que era de 387,8 mil reais”, diz o jornal.
Um áudio revelado na segunda-feira, 27, mostrou Janones defendendo a assessores o pagamento de suas despesas de campanha com rachadinha.
Na conversa, gravada em fevereiro de 2019, o deputado mineiro disse que iria conversar com algumas pessoas para “ajudar a pagar as contas” de sua campanha à prefeitura de Ituiutaba, em 2016.
“Tem algumas pessoas aqui, [com] que eu ainda vou conversar em particular depois… Vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito”, disse o deputado.
“Eu perdi 675 mil reais na campanha. ‘Ah, isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome’. Não é. Porque eu devolver salário, você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser”, acrescentou.
Nesta terça, 28, outro trecho do áudio mostrou o deputado sugerindo a criação de uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete na Câmara dos Deputados para financiar a campanha de seu grupo político em 2020.
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