Centrais sindicais: “Vetar a desoneração coloca empregos em risco”
As centrais sindicais reagiram mal ao veto à desoneração da folha e afiram equipe econômica comete um equívoco ao jogar o ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego formal...
As centrais sindicais reagiram mal ao veto à desoneração da folha e afirmam que a equipe econômica comete um equívoco.
Para as entidades, o veto será absorvido pelos trabalhadores seja com o desemprego ou com a informalidade.
“O veto coloca milhões de empregos em risco, estimula a precarização no mercado de trabalho e levará ao fim do ciclo, conduzido pelo Ministério do Trabalho, de redução do desemprego. O resultado será perda de arrecadação, insegurança e empregos de menor qualidade”, pondera.
A declaração consta em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (24). O texto é assinado por Miguel Torres, presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores; e por Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros.
O comunicado segue.
“Esperamos que o Congresso Nacional restabeleça rapidamente a política para um ambiente de geração de emprego para os trabalhadores brasileiros neste fim de ano”, finaliza.
O presidente Lula vetou integralmente a prorrogação até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Com isso, a medida perde valor em 31 de dezembro. O Congresso pode derrubar o veto.
A desoneração alivia encargos dos setores de indústrias têxtil, calçados, máquinas e equipamentos e proteína animal, construção civil, entre outros.
Na prática, os setores desonerados pagam alíquotas de até 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% de contribuição sobre a folha de salários para a Previdência Social.
O impacto para o governo federal chega a R$ 18 bilhões. A medida impacta empresas que contratam diretamente 8,9 milhões de pessoas.
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