Haddad diz que não vai ceder à “chantagem” dos empregadores
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não "vai ceder à chantagem" dos empregadores que afirmaram que vai haver demissão em massa após o veto à desoneração da folha de pagamento...
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não “vai ceder à chantagem” dos empregadores que afirmaram que vai haver demissão em massa após o veto à desoneração da folha de pagamento.
O ministro da Fazenda disse que a desoneração da folha de pagamento vem sendo prorrogada nos últimos 10 anos e não trouxe a contratação de mais trabalhadores como foi prometido pelos empregadores.
“Eu não estou alheio ao problema que isso pode acarretar, embora meu papel não seja ficar cedendo a chantagem, tenho que ter clareza do que tenho que fazer”, comentou.
A declaração foi dada em conversa com jornalistas, na manhã desta sexta, 24, no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo.
O presidente Lula vetou integralmente a prorrogação até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Com isso, a medida perde valor em 31 de dezembro. O Congresso pode derrubar o veto.
A desoneração alivia encargos dos setores de indústrias têxtil, calçados, máquinas e equipamentos e proteína animal, construção civil, entre outros.
Na prática, os setores desonerados pagam alíquotas de até 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% de contribuição sobre a folha de salários para a Previdência Social.
O impacto para o governo federal chega a R$ 18 bilhões. A medida impacta empresas que contratam diretamente 8,9 milhões de pessoas.
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