“Desmatamento não é mais desculpa”, diz Marina sobre acordo Mercosul-UE
A chefe da pasta mencionou a queda de 42% nos índices de desmatamento na Amazônia, registrada no período de janeiro e julho deste ano...
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 21, que o “desmatamento não é mais desculpa” para barrar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). A chefe da pasta mencionou a queda de 42% nos índices de desmatamento na Amazônia, registrada no período de janeiro e julho deste ano.
“Aqueles que não quiserem assinar o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia (UE) devem arrumar outra desculpa, porque o desmatamento está caindo”, disse Marina durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O bloco europeu tem usado o desmatamento na Amazônia para a postergar a assinatura definitiva do acordo comercial com os países do Mercosul. Apesar de as negociações terem sido declaradas como fechadas em 2019, o acordo ainda não foi assinado oficialmente.
Ainda nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ligou para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e que manifestou a ela o desejo de assinar o acordo ainda no mandato do Brasil à frente do Mercosul, que se encerra no próximo dia 7.
“Liguei e disse que queria fechar o acordo do Mercosul com a União Europeia ainda na minha presidência no Bloco. Apresentei para ela os pontos importantes e espero que a gente possa fechar o acordo em breve”, afirmou o petista
Pantanal
Marina Silva foi convocada para comparecer em reunião na Comissão de Agricultura e Pecuária para debater ações do governo federal que estariam prejudicando o setor agrícola. Na sessão, foi questionada pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) sobre o grande número de incêndios que atingem o Pantanal em 2023.
A ministra disse ser necessário “ampliar esforços” para o combate de incêndios no bioma e afirmou que o orçamento do ministério herdado do governo Jair Bolsonaro (PL) foi insuficiente para ações contra queimadas fossem desenvolvidas.
“Temos muita clareza de que é preciso ampliar os esforços no pantanal. A gente não tinha recurso do orçamento anterior para o tamanho dessa demanda”, disse a ministra
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