Anne Dias na Crusoé: “A eleição pela ótica de uma eleitora argentina”
Javier Milei está nas manchetes dos jornais brasileiros, sendo frequentemente retratado como uma ameaça à democracia argentina,...
Javier Milei está nas manchetes dos jornais brasileiros, sendo frequentemente retratado como uma ameaça à democracia argentina, mesmo em um cenário de inflação descontrolada, chegando a 160% por ano, e índices crescentes de pobreza, com 40% na pobreza infantil e 60% na pobreza geral. Seria a eleição do candidato libertário realmente o pior cenário para o nosso vizinho? Com essa questão em mente, decidi conversar com alguém que está vivenciando a eleição argentina na pele: Valentina Zenocrati. Ela é argentina, reside na província de Mendoza, é estudante de economia e tem 22 anos. Valentina é minha colega no movimento LOLA (Ladies of Liberty Alliance), uma rede global de mulheres liberais, e atua como líder do núcleo de Mendoza. Insatisfeita com o atual cenário político, decidiu dedicar-se como voluntária na campanha de Javier Milei desde antes das primárias. Vamos explorar o que a motiva e como ela percebe todo esse processo.
O primeiro passo para entender a sua decisão é analisar o cenário posto: Alberto Fernández, o atual presidente, representa a continuação do kirchnerismo e do peronismo, que há muito tempo têm impactado negativamente a Argentina. Na visão de Valentina, o presidente, além de perpetuar medidas populistas adotadas por governos de esquerda anteriores, também prejudicou o país com decisões tomadas durante a pandemia. Fernández foi visto como o principal responsável pelos problemas econômicos, decretando uma quarentena prolongada, o que fechou diversos estabelecimentos comerciais e fez com que argentinos sofressem até hoje as consequências de suas escolhas. No entanto, o que…
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