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46% das casas do país sofrem com problemas de saneamento

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4 minutos de leitura 17.11.2023 11:17 comentários
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46% das casas do país sofrem com problemas de saneamento

Uma pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 16, revelou que 46,2% das moradias no Brasil enfrentam algum tipo de privação no que diz respeito ao saneamento básico...

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46% das casas do país sofrem com problemas de saneamento
Foto: Reprodução/TV Brasil

Uma pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 16, revelou que 46,2% das moradias no Brasil enfrentam algum tipo de privação no que diz respeito ao saneamento básico.

O levantamento, realizado pelo Instituto Trata Brasil, utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual (PNADCA), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2022.

De acordo com os números apresentados, dos 74 milhões de domicílios analisados, 8,9 milhões não possuem acesso à rede geral de água, 16,8 milhões sofrem com uma frequência insuficiente de recebimento de água, 10,8 milhões não possuem reservatório adequado, 1,3 milhão não conta com banheiro e 22,8 milhões não têm acesso à coleta de esgoto.

Essa falta de infraestrutura básica tem impacto direto na saúde das crianças, jovens e adultos, uma vez que a ausência de água tratada e a exposição ao esgoto aumentam significativamente a incidência de doenças.

A pesquisa também revelou dados específicos por estados. Os locais com maior população afetada pela falta de acesso à rede geral de água são: Pará (3,9 milhões de pessoas), seguido por Minas Gerais (2,3 milhões), Bahia (2,1 milhões), Pernambuco (1,8 milhão) e Rio de Janeiro (1,7 milhão).

Já o abastecimento irregular de água é mais comum em Pernambuco (6,3 milhões de pessoas), Bahia (5,6 milhões), Pará (4,6 milhões), Rio de Janeiro (4,5 milhões), Minas Gerais (3,8 milhões) e São Paulo (3,3 milhões).

Além disso, a pesquisa também destacou que diferentes grupos étnicos são afetados de maneira desigual pelos problemas de saneamento. Enquanto 9,8% da população branca sofre com essas privações, esse número sobe para 11,1% entre a população negra, 9,6% entre os amarelos, 15,9% entre os pardos e 18,9% entre os indígenas.

Outra questão preocupante é a privação de banheiros adequados em diferentes regiões do país. O Pará lidera a lista com quase 1 milhão de pessoas (983,5 mil) enfrentando esse problema. O Maranhão vem em segundo lugar, com 916,1 mil pessoas afetadas. A Bahia ocupa o terceiro lugar, com 540 mil pessoas sem acesso a banheiros adequados, seguida pelo Amazonas, com 353,9 mil, e pelo Piauí, com 335,5 mil.

Ao analisar os grupos étnicos, observa-se que a falta de banheiros afeta de maneira desproporcional as diferentes comunidades. Apenas 0,7% dos brancos enfrentam esse problema, enquanto entre os pretos o percentual sobe para 2,1%. Os amarelos registram um índice de 1,9%, os pardos de 3,4% e os indígenas são os mais afetados, com 5,1%.

Outro desafio importante é a falta de coleta de esgoto em diversas regiões do país. O Pará lidera novamente, com um preocupante número de 7,02 milhões de pessoas enfrentando essa situação. A Bahia vem em segundo lugar, com 6,4 milhões de pessoas sem acesso à coleta adequada. O Maranhão ocupa o terceiro lugar, com 5,4 milhões de pessoas afetadas. Em seguida estão o Ceará, com 4,4 milhões, e Minas Gerais, com 4,07 milhões.

A deficiência na coleta de esgoto também varia entre os grupos étnicos. Entre os brancos, cerca de 24,2% enfrentam essa dificuldade. Esse índice sobe para 31% entre os pretos e para 24,8% entre os amarelos. Já entre os pardos, o percentual chega a 40,9%, enquanto entre os indígenas é ainda maior, atingindo 44,6%.

Va lembrar que, em maio, a Câmara dos Deputados aprovou, por 296 votos a favor e 136 contra, o projeto de decreto legislativo do deputado Fernando Monteiro (PP-PE), que suspendia as mudanças feitas pelo governo Lula no marco do saneamento básico.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chegou a pedir o adiamento da votação do texto. Mas foi ignorado pelos colegas parlamentares.

A aprovação do projeto, que gerou tensão no começo do ano, foi vista como a primeira grande derrota do governo Lula no Legislativo. O texto seguiu para o Senado.

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